Aceite Satã na sua vida com as outras matérias do nosso Especial 666:
– Resenha de The Number of the Beast, do Iron Maiden
– Resenha do livro Drácula
– Top 5: Jogos de Terror
– O meu filme de terror perfeito tem que ter…
– Top 5: As mortes mais legais do cinema
Leia também nosso Especial A Profecia para estar bem preparado quando o Damien chegar.
– Resenha de A Profecia – o remake
– Resenha de Damien – A Profecia II
– Resenha de A Profecia III – O Conflito Final
– Tremendões – Damien
– A Trilha Sonora de A Profecia
– Top 5: Mortes na Profecia
Assisti a esse filme há muito, muito tempo, possivelmente em uma galáxia muito distante e mal me lembrava dele. Quando começamos a planejar este especial que vossa senhoria está lendo neste momento, e quando os primeiros textos do Rezek (o grande entusiasta da série) começaram a chegar, fiquei deveras ansioso para reassistí-lo. Finalmente, decidimos que eu seria o incumbido de resenhar o primeiro filme e estava bem empolgado quando coloquei o disquinho no meu aparelho de DVD.
Acredito que todos já conhecem a premissa do filme, mas como é praticamente uma obrigação em resenhas falar sobre isso, vamos nessa: o casal Thorn teve um filho natimorto, mais ou menos como as piadas do Rezek. Um padre então, sugere que o pai, um político rico e poderoso chamado Robert Thorn (Gregory Peck), adote um moleque cuja mamãe morreu no parto. Robert acha uma boa idéia e cria o dito-cujo como se fosse seu filho e sem contar para sua amada, Katherine (Lee Remick), que a cria é adotada. O que ele não imagina é que o nenê não é filho de um cara qualquer, mas do cramulhão em pessoa (Hail, Satan!). Obviamente, coisas estranhas começam a acontecer, mas o carinha não consegue acreditar que o moleque é o anticristo até ser tarde demais, não só para ele, mas talvez também para o mundo em que vivemos.
Antes de reassistir A Profecia, estava crente que seria um filme digno do Selo Delfiano Supremo. Depois de uns 15, 20 minutos de filme, achei que seria muito se ganhasse uma nota 3. Felizmente, ele demora para ficar interessante, mas acaba ficando e a segunda metade é muito boa.
Um problema que me incomodou bastante foi que o filme está um tanto datado. Os movimentos de câmera e as atuações não envelheceram muito bem e parecem forçados demais. O carinha que faz o Damien (Harvey Stephens), especialmente, é bem ruim. Só convence porque ele tem feições muito assustadoras (eu tenho medo de crianças, você não?), mas a atuação é péssima e olha que ele quase não tem falas e, para falar a verdade, quase não aparece no filme. Se o remake desse ano for feito direito, existe bastante espaço para melhoras. Vamos torcer para levarem a sério.
Todos dizem que esse é um dos filmes mais assustadores da história. Admito que não senti medo nenhum. Talvez eu seja corajoso demais ou simplesmente o tema não me assuste, afinal, ao invés de ficar com medo de um anticristo que a gente nem sabe se existe, prefiro ficar com medo de alguém como o presidente dos EUA, por exemplo que, ao que me consta, pode muito bem ser o anticristo. Mas talvez para pessoas mais suscetíveis religiosamente falando, pode ser realmente assustador. De qualquer forma, A Profecia tem um clima tenso e um tema interessante e bem desenvolvido. Por isso, deve ser assistido por todos aqueles que curtem um bom filme de terror ou que têm interesse pelo assunto aqui abordado.
Algumas curiosidades:
– O diretor de A Profecia é Richard Donner, que fez recentemente o fracote 16 Quadras, mas que em seus bons tempos fez filmes tremendões, como o primeiro Super Homem e a série Máquina Mortífera.
– A famosa e polêmica música The Number of the Beast, do Iron Maiden foi inspirada por este filme. Inclusive a frase que abre a música (que é um trecho do Apocalipse) também está presente no filme.
– O Savatage fez uma música sobre o Damien chamada, adivinhem só, Damien. Ela está presente no disco Edge of Thorns, considerado por muitos (embora eu não faça parte deles) como o melhor da banda. Aliás, reparou que a palavra thorn (espinho) é também o nome da família que criou Damien? Não sei se isso foi feito pelo Savatage intencionalmente, mas é curioso.
– Em um episódio do desenho South Park, um garoto novo chega à escola. Seu nome? Damien. Sim, é o próprio e, inclusive, a história culmina em uma batalha entre Satã e Jesus (!). Curiosamente, todos os habitantes da cidade apostam em Satã.
– Alguém saberia me explicar por que os anos 70 tiveram tantos filmes relacionados ao diabo? Assim de sopetão, além deste, me lembro de O Bebê de Rosemary e O Exorcista, mas deve ter muitos mais.
– Esta resenha foi escrita ao som de Trem da Alegria. Pra Ver se Cola detona!
– Compre aqui o DVD do primeiro filme.
– Compre aqui o box com os três filmes.