Carga Explosiva: O Legado

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Eu imaginava que este Carga Explosiva: O Legado fosse seguir a mesma linha de O Legado Bourne, em que temos um novo personagem dando seguimento à franquia. Ao invés disso, o que temos aqui é algo mais semelhante a James Bond, ou seja, um novo ator, mas o personagem ainda é Frank Martin, agora com o rosto de Ed Skrein.

Embora não fique claro em nenhum momento, isso aqui tem a maior cara de prequência. Não só o ator que faz Frank Martin é mais jovem, ele ainda trabalha como um motorista de aluguel para cargas não exatamente legais. Além disso, seu pai, interpretado por Ray Stevenson, nunca citado nos filmes anteriores, aqui tem papel importante.

PAPAI RAPTADO

Tudo começa quando Frank é contratado por uma mulher bonita para um transporte. Obviamente, não vai ser um trabalho qualquer e logo ele descobre que a rapariga, líder de um bando de mulheres bonitas, raptou seu pai e o envenenou. A única forma de receber o antídoto do velho é fazendo o trabalho.

O pai promete se tornar um preferido do público, pois é um personagem bastante divertido. Ao contrário do filho, trata-se de um cafajeste nato, e não demora para seduzir as moçoilas que o raptaram.

Frank Martin é basicamente o mesmo. O ator Ed Skrein, embora ainda tenha cabelos, mantém os maneirismos e a personalidade dada ao protagonista por Jason Statham.

As cenas de ação também continuam exageradas e divertidas. Tem vários momentos que dá vontade de levantar da cadeira e cantar a música tema do He-Man a plenos pulmões. Talvez não cheguem ao nível de exagero do terceiro filme, mas sem dúvida estão bastante distantes da realidade, bem como a gente gosta.

Por um lado, pode parecer que o que temos aqui é um novo Carga Explosiva tão bom quanto os anteriores. A verdade é que, embora seja divertido, ele tem cara de um filme menor, um spin-off ou até mesmo uma daquelas famigeradas continuações feitas direto para DVD ou para a TV.

Também é um filme mais sério do que o 2 e o 3, lembrando um pouco mais o primeiro e até então o menos legal da série.

Antes de ir para a cabine, comentei com alguém que, “mesmo sem o Statham, deve ser no mínimo divertido”, e isso é exatamente o que temos aqui. Um longa digno e divertido, mas muito menos marcante do que os exemplares estrelados por Jason Statham. Talvez funcionasse melhor como um novo filme de ação, mas com o nome que carrega, a gente acaba exigindo mais, uma vez que Carga Explosiva é uma das séries do gênero Testosterona Total mais legais.

Vale a pena assistir, mas não vai levar o troféu de Testosterona Total mais legal do ano.

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Carga Explosiva 2: a famosa vilã de lingerie.

Carga Explosiva 3: aquele da ruiva bonitona.

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Nota
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Carlos Eduardo Corrales
Editor-chefe. Fundou o DELFOS em 2004 e habita mais frequentemente as seções de cinema, games e música. Trabalha com a palavra escrita e com fotografia. É o autor dos livros infantis "Pimpa e o Homem do Sono" e "O Shorts Que Queria Ser Chapéu", ambos disponíveis nas livrarias. Já teve seus artigos publicados em veículos como o Kotaku Brasil e a Mundo Estranho Games. Formado em jornalismo (PUC-SP) e publicidade (ESPM).
carga-explosiva-o-legadoPaís: França / China<br> Ano: 2015<br> Gênero: Testosterona Total<br> Duração: 96 minutos<br> Roteiro: Adam Cooper, Bill Collage e Luc Besson<br> Elenco: Ed Skrein, Ray Stevenson e Loan Chabanol<br> Diretor: Camille Delamarre<br> Distribuidor: California<br>