O primeiro Busca Implacável era daquelas produções que tinha o maior jeitão de filme genérico, mas que acabou se provando o contrário, como um dos melhores Testosteronas Totais dos últimos anos. Incluía até um protagonista que parecia ter sido transportado no tempo, diretamente da década de 80.
O Bryan Mills de Liam Neeson era o típico herói indestrutível, que avançava implacavelmente, fazendo quem se pusesse em seu caminho se arrepender bastante, deixando para trás somente uma trilha de cadáveres e destruição. E, que eu saiba, nós gostamos disso!
Agora, a continuação chega aos nossos cinemas. Dessa vez, o chefe da quadrilha albanesa que sequestra sua filha no primeiro longa está determinado a matar Bryan, sua filha e sua ex-esposa como vingança, pois sua organização era um negócio de família. Então, se antes eram apenas negócios, agora é pessoal. Mas é claro que mexer com o sujeito que treinou Obi-Wan Kenobi e o Batman se provará mais uma vez um big mistake. Fala sério, você não consegue sentir a testosterona escorrendo só pela sinopse?
Contudo, esta sequência, infelizmente, é bastante inferior ao longa original, agora sim bastante genérica em diversos momentos, embora ainda tenha lá seus bons momentos, que garantem os três Alfredos da nota.
O grande problema é que, se o ritmo do primeiro filme era eletrizante, sem tempo para respiro, aqui é muito mais travado, cheio de passagens mais paradas e não muito interessantes. E as mortes também estão mais brandas. Quase não há sangue aqui, o que é estranho, porque a minha impressão é de que seu antecessor é bem mais violento e, no entanto, ambos são censura PG-13. E o que é aquela última morte? Alguém pode me explicar?
É quando o filme exagera bastante, principalmente ao mostrar como Bryan é um badass, que a produção sobe em qualidade. Esse tipo de exagero só ajuda produções do gênero, e se tivessem investido mais nisso, certamente teríamos um produto bem mais divertido.
E tudo bem, se as mortes não são tão boas, é preciso dizer que há algumas cenas adrenalinescas bem competentes que divertem satisfatoriamente. É uma pena que Busca Implacável 2 não esteja nem perto do nível de tremendice do original, mas ainda assim entretém. Não o recomendaria para ver no cinema, mas para assistir em casa num sabadão à tarde, quebra o galho.
