Bleed é um joguinho que saiu inicialmente para Xbox 360 lá nos idos de 2012. Ele fez muito sucesso, saiu em 2013 para PCs e agora em 2017 saiu para os três consoles da geração atual, sendo que o Switch acaba de receber a sua.
Curiosamente, enquanto os consoles ainda estão recebendo Bleed entre seus lançamentos, desde o início do ano os representantes da PC Master Race jogam Bleed 2. Mas desse a gente fala aqui em 2022 quando ele sair para consoles. Hoje o assunto é o primeiro mesmo.
Trata-se de um jogo de plataforma 2D com visual pixelado e foco na ação. Você controla a personagem com a alavanca esquerda e atira com a direita. Controles modernos, mas a ação é totalmente old-school. Você corre, atira, pula e tem até um botão que pode usar para ativar câmera lenta, deixando os tiroteios estilosos e mais fácil de escapar de ataques mais cabeludos. Há uma barra que limita o uso do bullet-time, mas ela se renova rapidamente, então sempre dá para brincar de Neo.
A LISTA DA MORTE
A quase inexistente história coloca nossa protagonista para caçar mascotes de videogames do passado para ganhar fama. Não são mascotes reais nem que parodiam os reais, então não espere por referências e tiradinhas. Um shooter que fez isso muito bem foi Matt Hazard: Blood Bath and Beyond, que saiu em 2010 para a geração passada e que eu recomendo com força.
Apesar de a história ser simples e quase não haver cutscenes, ela é simpática e a viradinha que tem no final me fez sorrir.
Mais do que qualquer coisa, no entanto, eu gostaria de elogiar Bleed por ser um excelente jogo para adultos. Não por ser pixelado ou especialmente violento, mas especialmente pela ausência de baboseiras.
Não há colecionáveis. Não há pontos de experiência. A dificuldade normal é balanceada de forma perfeita, evitando que você repita muitas vezes o mesmo trecho. E ele dura cerca de 90 minutos. Assim, se você não tem muito tempo para jogar videogame e quer algo rápido e divertido, Bleed é para você.
Eu joguei todas as suas sete fases de uma vez, mas você pode jogar uma por dia e a seleção de fases estará sempre lá te esperando. Uma vez que você complete a campanha, é possível liberar novos personagens com habilidades diferentes ou o modo arcade, que envolve terminar o jogo com uma vida só. Não é o tipo de coisa que me interessa, mas quem gosta de desafio tem essa opção.
ARMAS
Se eu voltar a Bleed no futuro, provavelmente vai ser para repetir as fases da história e comprar novas armas. Tem várias que eu não consegui comprar ao longo da minha campanha, mas uma coisa bacana é que sua arma padrão é tão boa que nem é necessário usar outras.
De todas as que eu comprei, a única que usei com frequência foi a escopeta, que faz um dano considerável se você atirar à queima-roupa, o que é muito útil nos muitos chefes do jogo.
Na última fase, você vai ter que lutar não contra todos os chefes de novo, mas contra duplas de cada chefe. Achei que seria chato, mas eles parecem ter barras de vida menores e há checkpoints entre cada luta, então acabou sendo divertido.
De negativo mesmo, eu falaria apenas do visual, e não apenas por eu ser meio ranheta com jogos pixelados. Acontece que falta cores, falta um capricho no design. Mesmo se tivesse saído para o Nintendinho, Bleed não seria considerado um jogo especialmente bonito. Hoje, então, menos ainda.
BLEED
Eu brinquei no começo da resenha que falaríamos de Bleed 2 aqui em 2022. Pois eu me diverti tanto jogando sua primeira versão no Switch que sacrifico meus bodes para que o segundo jogo não demore tanto para sair para consoles.
Enquanto isso, se você ainda não jogou Bleed, trata-se de uma ótima opção. Especialmente para quem, como a maioria dos adultos, procura não por um jogo que dure dezenas de horas, mas por um que traga o máximo de diversão no menor tempo. Que esta indústria alargada com as gorduras dos RPGs, mundos abertos e microtransações aprenda com Bleed. Às vezes a melhor forma de andar para frente é dando um passo para trás.