Leia também:
– As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian: o segundo filme.
O amigo delfonauta fã de filmes de fantasia que me perdoe, mas existe algo mais genérico que As Crônicas de Nárnia? Eu sei que o livro foi escrito quase na mesma época do muito mais famoso O Senhor dos Anéis e não posso falar sobre sua qualidade, mas você há de concordar comigo: os filmes são completamente esquecíveis. E, com isso, quero dizer que mal me lembro dos dois primeiros longas.
Aqui a coisa se torna ainda mais genérica, chegando inclusive a ter cara de spin-off. Isso porque os poucos personagens dos quais me lembrava nos outros filmes, como o Aslan e a Feiticeira Branca quase não aparecem. Para piorar, nem mesmo os protagonistas são os mesmos: sobraram apenas os dois irmãos mais novos dos quatro de outrora. E você sabe, Joey não era Friends. The Cleveland Show não é Family Guy. E a cinessérie As Crônicas de Nárnia nunca foi tão marcante quanto Friends em sua melhor época.
Aqui, os dois caçulas são transportados novamente para Nárnia, mas dessa vez a terra mágica parece estar ok e não precisando de ajuda. Pelo menos até uma névoa verde aparecer e pronto, temos mais um problema para resolver. E é um problema totalmente independente dos outros filmes, deixando tudo ainda com mais cara de spin-off.
A história é genérica, os personagens são esquecíveis e o 3D é praticamente inexistente. Por outro lado, o visual do filme é bonito, os efeitos especiais são perfeitos e tem algumas excelentes cenas de ação. Quanto ao visual, o único problema é que a fotografia parecia escura demais e faltava foco. Ou então foi erro da turma do cinema, vai saber.
Como manda a cartilha do filme nada, em nenhum momento A Viagem do Peregrino da Alvorada dá a impressão de ser uma porcaria. Infelizmente, também não empolga nem por um minuto.
Talvez seja um bom programa para crianças ou fãs dos livros. Para todos os outros, temos opções melhores nas salas ao lado. Pena que eu não entrei em uma delas.