A esta altura, o delfonauta dedicado já leu minha resenha de Wolfenstein: Youngblood, certo? Pois o que talvez você não saiba é que, na mesma ensolarada sexta-feira em que Youngblood nasceu, ele veio acompanhado de um irmão gêmeo não idêntico. Esta é nossa análise Wolfenstein Cyberpilot.
ANÁLISE WOLFENSTEIN CYBERPILOT
Wolfenstein: Cyberpilot é mais um spin-off no bem sucedido reboot que a MachineGames fez para a longeva série Wolfenstein. Se Youngblood trazia como novidade o coop, Cyberpilot foca em duas características bem mais interessantes: VR e combate entre mechs. Hell, yeah!
O mais curioso é que você não controla apenas um tipo de mech, mas três deles. O já famoso Panzerhund, aquele cachorrão metálico que espalha o terror nos jogos principais, é o primeiro deles. Como diz uma das personagens, é uma máquina de matar nazista matando nazistas. O Panzerhund tem um perigoso lança-chamas e o poder de atropelar nazistas infelizes que estejam na sua frente.
Outro mech de combate é o Zitadelle, literalmente um robozão gigante que já foi até chefe nos jogos principais. Uma de suas mãos é um lança foguetes, enquanto a outra é uma metralhadora. Hell fuckin’ yeah!
Por fim, o terceiro mech é um frágil drone voador, que responde pelos momentos mais diferentes da campanha. Quando você está controlando este, a jogabilidade tende ao stealth, a fritar os nazistas de forma estratégica, e hackear computadores. E ele voa.
TEMPO É VALIOSO
Cada um dos mechs tem uma fase só sua, onde ele pode brilhar como uma estrela explosiva. Daí vem o quarto estágio, onde você alterna o controle entre os três robozões. E daí o jogo acaba. E é uma pena, pois é nesta quarta fase que o gameplay mais mostra seu potencial. A impressão que dá é que você está terminando o tutorial, não terminando o jogo.
A campanha completa deve durar pouco mais de uma hora. Entre as fases de ação, você retorna para a base, onde deve resolver pequenos puzzles utilizando os controles de movimento.
Aliás, os controles funcionam muito bem. Cyberpilot é um jogo para se jogar de pé, mas uma vez que você aceita isso, a jogabilidade é bem agradável. Cada um dos três mechs é bem diferente dos outros (e todos têm um tutorial individual antes de suas fases), e todos são legais. O Zitadelle, em especial, dá a sensação de controlar um daqueles mechs da batalha final de Matrix Revolutions.
Não há absolutamente enrolação nenhuma, como colecionáveis, sidemissions ou qualquer pentelhação do tipo. Ele dura apenas uma hora, mas é uma hora de prato principal. Para incentivar o replay, há três dificuldades, e um monte de troféus (incluindo um de platina) desafiando jogar de formas específicas.
Cyberpilot é praticamente um jogo fast food. Você joga até o final, se diverte, e daí vai jogar outra coisa. Obviamente, isso não o torna o melhor Wolfenstein desta nova série, mas é sem dúvida muito superior a Youngblood.