Mayhem Brawler vem sendo comparado a Streets of Rage 4, especialmente por causa do seu visual. E não vou mentir, há uma semelhança. Porém, devo dizer que ele me lembrou muito mais um outro beat’em up da Sega que eu também adoro: Guardian Heroes. Saiba disso e muito mais na nossa análise Mayhem Brawler.

ANÁLISE MAYHEM BRAWLER

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Na verdade, Mayhem Brawler é uma enorme amálgama da cultura pop em formato de beat’em up. Pense em algo como um Family Guy de porradinha. Não, ele não cria nada. Mas mistura um monte de coisa de forma bem saborosa.

Ele tem visual e clima de quadrinhos, mas coloca isso em um mundo cheio de monstros, mágica e superpoderes. Você pode escolher entre três personagens e, embora eles sigam os arquétipos tradicionais (mulher rápida, grandão forte/lento e o equilibrado), a graça é que eles têm superpoderes. Na prática, a jogabilidade é bem tradicional dos arcades dos anos 90, mas convenhamos que é muito mais divertido dar uma corridinha quando isso faz a personagem voar!

DECISÕES, DECISÕES

O principal diferencial de Mayhem Brawler, e o que o aproxima de Guardian Heroes, é que você precisa fazer uma decisão depois de cada fase. Isso vai afetar a história, o final e, mais importante, as fases que você vai encontrar. Exatamente como em Guardian Heroes.

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Qual pista você vai seguir?

Cada campanha vai te levar por sete estágios. As fases 1, 3 e 5 são fixas. As 2, 4, 6 e 7 serão determinadas pelas suas escolhas. Isso possibilita não apenas customizar seu caminho, mas mesmo os desafios que você vai encontrar. Por exemplo, há um troféu para terminar o jogo sem encontrar nenhum usuário de magia, o que exige um caminho bem específico.

A HISTÓRIA E A ANÁLISE MAYHEM BRAWLER

Ao contrário de jogos como Streets of Rage 4 e aproximando de Guardian Heroes novamente, isso significa que Mayhem Brawler quer contar uma história. E faz isso com mais recursos do que o tradicional no gênero. Embora não haja cutscenes animadas – a história é contada via quadrinhos – todos os diálogos, inclusive durante as fases, são falados. Isso deixa Mayhem Brawler até mais moderno do que seus congêneres mais calados.

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Contar a história via quadrinhos é legal, mas aquele feed de redes sociais do lado é desnecessário e deixa muito poluído.

A história não é muito especial, mas aí entra minha comparação com Family GuyMayhem Brawler investe forte no humor de referências. Os personagens citam cultura pop o tempo todo. Eles fazem referências constantes a filmes e séries e chegam até a cantar uma música do Iron Maiden. É um humor relativamente fácil de fazer, mas entretém bem. Você fica o tempo todo como aquele meme do Capitão América, de “eu entendi essa referência”.

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Quantas referências você encontra nos títulos das fases?

O que me chamou a atenção – e o que o diferencia de séries como Family Guy ou os filmes de Kevin Smith, é a quantidade de referências a rock e heavy metal. E são coisas mais específicas, mais profundas do que o personagem que canta Fear of the Dark. Por exemplo, uma das fases que você vê acima chama Gutter Ballet (música do Savatage) e um dos chefes é um músico chamado Grosskopf (sobrenome do baixista do Helloween).

Uma coisa curiosa é a fase Mayhem Rock City, cuja música é quase um plágio de Detroit Rock City. Acredito que ela é suficientemente diferente para não gerar um processo, mas é tão parecida que você se sente ouvindo uma versão do clássico do Kiss.

AMÁLGAMA E PORRADAS

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Essas mãos devem ser boas para coçar as costas.

Mayhem Brawler não tem um gameplay tão bom quanto Streets of Rage 4 ou o sensacional The Takeover. Mas seu humor, personagens e campanha com caminho customizável certamente o destacam entre outros jogos do gênero. Se você, como eu, é fã de andar para a direita e dar uns soquinhos, vale muito a pena conhecer.