Furwind é algo relativamente raro: um jogo de plataforma pixelado em fases. Ele não é especialmente marcante, mas apresenta algumas ideias próprias. Isso o torna uma boa pedida para apaixonados pelo gênero, como eu. Esta é nossa análise Furwind.

PULA E ATACA Análise Furwind

Você é uma raposa incumbida de acabar com o mal chamada, veja só, Furwind. A príncipio, tem apenas três habilidades: pular, atacar e jogar uma granada que destrói paredes específicas. Outros poderes são liberados ao longo da campanha.

Análise Furwind, Furwind, Boomfire Games, Jandusoft, Delfos

As fases são relativamente variadas. Cada um dos três capítulos tem duas fases de exploração normal, uma de exploração no escuro, e uma de escalada, além de uma auto-scrolling que termina num novo upgrade. Em todas menos na de “corrida”, para abrir a saída, é necessário encontrar duas partes de um talismã, normalmente protegidas por um chefinho ou um desafio específico.

Apesar de quase todas seguirem a mesma fórmula, elas são bem diferentes. A de escalada, por exemplo, é mais linear (com os talismãs no meio do caminho). Porém, estas são as que apresentam os desafios de plataforma mais complexos.

As que rolam no escuro são semelhantes às de exploração normal, mas você precisa de vagalumes para iluminar seu caminho. Eles vão te abandonando ao longo do tempo, então é necessário procurar por reposições através da fase. Perca todos os vagalumes e você morre.

Análise Furwind, Furwind, Boomfire Games, Jandusoft, Delfos
As fases no escuro são bem chatas.

Além das fases tradicionais descritas acima, há mais dois tipos: prisioneiros e desafios. Prisioneiros são telas únicas cheias de inimigos, nas quais o objetivo é matar todo mundo. Os desafios são mais difíceis, e variam entre puzzles e plataformas mais complexas. Normalmente você precisa encontrar uma bola luminosa e bater nela, o que abre a saída.

IDEIAS PRÓPRIAS

Furwind traz duas características que o diferenciam dos jogos de plataforma. A primeira é que a raposinha tem uma barra de fôlego. Ou seja, se atacar muitas vezes em pouco tempo, vai ficar indefeso até que ela seja recuperada. Como o foco do jogo é mais no pula-pula do que no mata-mata, isso afeta apenas momentos pontuais, mas é fato que você vai levar umas porradas enquanto estiver indefeso.

Análise Furwind, Furwind, Boomfire Games, Jandusoft, Delfos

A outra novidade é que os checkpoints devem ser ativados com as joias que você coleta nas fases. As mesmas usadas para comprar upgrades. Ao ativar um checkpoint, ele salva seu estado e objetivos completados. Dá, por exemplo, para ativar o checkpoint antes de lutar com o chefe, e depois de vencê-lo ativar novamente. Mas ele fica mais caro a cada ativada. Ative muitas vezes e pode ficar sem joias para o próximo upgrade.

É uma mecânica interessante, remanescente dos saves consumíveis de Ori and the Blind Forest. O delfonauta sabe que, se tem uma coisa que eu não suporto é jogar muitas vezes partes longas de um jogo, então eu provavelmente ativava meus checkpoints com mais frequência do que a maioria. Assim, minha raposinha acabou chegando nos desafios finais da campanha menos bombada do que provavelmente era o esperado.

FURWIND

Análise Furwind, Furwind, Boomfire Games, Jandusoft, Delfos

Furwind não empolga. Ele não é especialmente bonito, complexo ou mesmo criativo. No entanto, ele tem um level design interessante o suficiente para entreter. Não vai mudar a vida de ninguém, mas para os fãs de plataforma em 2D, rende uma tarde de diversão.