Effie é um daqueles raros jogos que me deixaram ansioso enquanto esperava o código de review chegar. Eu simplesmente adoro games de plataforma. E convenhamos, estamos relativamente bem servidos em plataforma 2D, mas 3D é muito mais raro. Este parecia vir na medida para coçar minha coceira. E cá estou eu, escrevendo a análise Effie.

ANÁLISE EFFIE

Ao contrário do que você pode pensar a princípio, Effie não é o nome do protagonista. Este se chama Galand. A história que você de fato joga é uma fábula contada por um vovô a sua netinha, e a pimpolha, veja só, é quem dá nome à obra.

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O vovô e Effie.

O jogo é um plataforma 3D bem simples, mas que em sua simplicidade demonstra a habilidade dos desenvolvedores e porque este é um gênero tão legal. Há poucas fases propriamente ditas. São quatro capítulos lineares e, entre eles, você popa em um hub, uma área maior onde pode escolher sua próxima missão ou fazer algumas atividades secundárias.

Estas áreas opcionais são pequenos desafios de combate e de plataforma que recompensam o jogador com relíquias, os colecionáveis do jogo. Nesta região mais aberta você pode se movimentar livremente, surfando em seu escudo. Tem até uma única corridinha para quem tem necessidade de velocidade.

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Everybody knows that the bird is the word!

COMBATE E PLATAFORMA

level design de cada uma das fases, e mesmo dos desafios opcionais é sensacional. Eu sei, sou suspeito para falar, já que este é meu gênero preferido, mas Effie foi um daqueles jogos que colocou um sorrisão na minha cara enquanto eu pulava de uma plataforma flutuante para outra.

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Este tipo de coisa realmente me deixa feliz.

O combate, por outro lado, não é tão genial. Na verdade, ele é um tanto sem graça mesmo. Galand usa um escudo e a coreografia das lutas lembra um pouco o Capitão América. A sensação de controlá-las, infelizmente, não é tão empolgante.

A animação não é tão fluida, é difícil acertar o inimigo correto e tudo rola de um jeito um tanto truncado. Há dois upgrades de combate que deixam as lutas mais agradáveis, especialmente por serem ataques de área, capazes de vencer vários desafetos de uma vez. Cada fase dá ao jogador um upgrade, e é possível escolher a ordem delas, mas por uma simples coincidência, eu só fui pegar o primeiro desses ataques quando já tinha passado da metade da campanha.

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Girar o escudo é perfeito para controlar multidões.

Felizmente, o foco aqui não é na ação. Sim, de tempos em tempos, você é obrigado a parar e lutar, mas não é tão frequente quanto em um brawler mais puro. Pense em algo como Prince of Persia. Tipo, tem combate, mas não é disso que você vai se lembrar.

AUDIOVISUAL

Outra coisa que não vai marcar sua memória é o visual. Eu não classificaria Effie exatamente como low poly. Seus gráficos são simples, mas não parece ser algo usado pela estética, como Mulaka, por exemplo.

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Não lembra a Fantástica Fábrica de Chocolate?

Normalmente, games pixelados ou em low poly se utilizam destas estéticas para mascarar o baixo orçamento. Mas não parece ser o caso aqui. Não tive a impressão de Effie ser intencionalmente retrô em seu visual, mas ter sido um caso de “fizemos o melhor que podíamos com o orçamento que tínhamos”.

Felizmente, embora personagens e cenários tenham poucos detalhes, o jogo tem cores vivas que o tornam agradável aos olhos. A música, por outro lado, é ótima. Imagino que não seja orquestrada com instrumentos reais, mas consegue passar esta ilusão e o melhor, dá a sensação de ser a trilha sonora de uma grande aventura em animação. E este é exatamente o clima que Effie deseja passar em sua história.

E JÁ QUE FALAMOS NISSO

Galand é um sujeito que nega ajuda a uma bruxa por ser preguiçoso, e daí é amaldiçoado com envelhecimento precoce. Para reverter o feitiço, ele precisa impedir o mal que está se alastrando pela região, e provar que tem um coração gentil, algo que nem ele mesmo sabe se tem. A história de Effie não vai ganhar prêmios, mas assim como o gameplay, conquista em sua deliciosa simplicidade.

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O Corrales vê isso e já abre o sorriso.

Em especial o final, tão inocente que é simplesmente adorável. Os créditos rolaram, e eu estava com um sorriso no rosto, coisa que tive durante quase toda sua duração.

Effie não é muito longo. Deve durar em volta de quatro horas, e é uma platina bem tranquila de conseguir, para quem curte “cemporcentar” os jogos. O legal é que ele se mantém divertido e agradável em toda sua duração. Talvez este seja o único jogo que eu cheguei a platinar em que eu não fui levado a pensar em nenhum momento “por que diabos estou fazendo isso?”.

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Assassin’s Creed feelings?

Isso aconteceu especialmente porque eu não precisei fazer coisas pentelhas para platiná-lo. Há colecionáveis, mas é um número razoável (se não me engano, apenas 18), então mesmo isso foi divertido de ir atrás.

Effie não é um jogo que vai mudar sua vida, e nem tenta ser. Seu objetivo é divertir com uma fábula bonitinha e um gameplay gostoso. E, se você perguntar para mim, é um objetivo bastante digno – e que mais jogos deveriam tentar alcançar.