O Amon Amarth é uma banda da qual sempre ouvi falar, mas nunca tinha escutado nada, e, após ouvir, estou achando uma pena ter perdido tanto tempo. O grupo sueco se auto intitula “Viking Metal”, seja lá o que for isso. Provavelmente pela temática das letras, todas voltadas para mitologia nórdica (que na minha opinião chuta violentamente o rabo da grega, embora o Corrales provavelmente discorde).
Bom, inaugurando a parceria com a gravadora Metal Blade (um selo especializado em música pesada e que costuma lançar ótimas bandas), recebemos diretamente dos States um pacote (muito caprichado, por sinal) com quatro CDs promo, e o novo do Amon Amarth, chamado With Oden On Our Side, foi um deles.
O som da banda é, basicamente, um Death Metal melódico com um saudável toque de Black Metal. Um negócio muito, muito bem feito e extremamente agradável de se ouvir durante os seus bem produzidos quarenta e poucos minutos.
O vocalista Johan Hegg manda muito bem nos guturais, os guitarristas Johan Söderberg e Olli Miikonen têm aquele feeling raro de bons músicos de Black Metal, o baixo do Ted Lundscröm está audível o suficiente e bem integrado e, finalmente, o baterista Fredrik Andersson faz direitinho a parte dele. Eu só pediria mais blastbeats, mas aí já é coisa minha mesmo. Eu provavelmente pediria mais blastbeats até em Spending My Time do Roxette.
Ah, sim, e eu não poderia deixar de dar uma dica ao delfonauta: se for ouvir esse disco, feche os olhos e não faça nada além disso. Será bem mais legal, eu garanto! Com um pouquinho de sorte, você se verá pilhando vilas escandinavas e deflorando virgens! Talvez até mesmo acabe invadindo a Finlândia com uma horda de vikings e decapitando os frescos do Nightwish. Eu gostaria de fazer isso!
Na minha opinião, o disco não tem destaques – todas as músicas funcionam muito bem juntas. A abertura Valhall Awaits Me já coloca o ouvinte no clima, e é assim que tem que ser.
Quer mais inovação? Veio procurar no lugar errado. O Amon Amarth fez um disco tradicional de Metal extremo, mas bem feito o suficiente para que ninguém que entenda de música reclame. Ganha a nota máxima de cinco Alfredos (eu daria cinco cavalos de oito patas, mas não é o padrão do site).
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