Uma mocinha vive rodeada de amigos, mas ela quer mais. Quer ir para um lugar melhor onde sente que vai cumprir seu propósito. Este é o mote de qualquer filme da Disney dos anos 60, e também de UglyDolls.
CRÍTICA UGLYDOLLS
A história começa em Uglyville, a cidadezinha para a qual os bonecos rejeitados no processo de fabricação são enviados. Eles vão para lá por serem imperfeitos e feios, e nenhuma criança consegue amar algo que seja feio.
Ainda assim, a nossa amiguinha Moxy quer ir para o mundo real, onde ela acredita que vai fazer uma criança muito feliz.
Para tal, ela junta um grupo de amigos e resolve seguir um cano por onde os novos habitantes chegam à cidade. A turminha do barulho, então, encontra um lugar onde bonecos são treinados para serem perfeitos e poderem ir para o mundo real.
A trama tem um quê de Toy Story pelos personagens serem brinquedos, mas UglyDolls é muito inferior à obra da Pixar.
CHÁ-BEDORIA
UglyDolls é um musical e é neste aspecto que ele se destaca. Uma olhada na ficha técnica revela que vários dos personagens são vividos por cantores, de Kelly Clarkson a Ice-T, e isso não é por acaso. A versão a que assisti foi a dublada, mas as músicas funcionam bem em português. Elas são todas bem divertidas, e eu consigo imaginar crianças menores dançando durante a projeção.
Na parte da história é que reside o problema. É tudo muito batido, muito clichê e óbvio. Qualquer pessoa com mais de 15 anos já viu dezenas de filmes iguaizinhos a este. Acredite, pela sinopse você provavelmente consegue construir o filme mentalmente, tintim por tintim.
Curiosamente, o argumento é de Robert Rodriguez, mas em qualidade UglyDolls está muito mais para Sharkboy e Lavagirl do que para Machete.
Desta forma, eu não poderia em sã consciência recomendar UglyDolls para adultos – o que costumo fazer com frequência em animações melhores. Porém, tenho certeza que crianças pequenas vão se divertir bastante, e provavelmente sairão da sala de cinema querendo um boneco feio para chamar de seu. Se você tem um pimpolhinho na tenra idade, pode valer um passeio de sábado.