Just Dance 2017: nasce uma estrela

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Fato: Just Dance não é um jogo para se jogar sozinho. Tanto que, depois da balada nervosa do ano passado, por mais divertida que ela tenha sido, não rodei mais o jogo. Porém, é chegada a hora de um novo lançamento da série, o que significa que é hora de novamente bancar o Michael Jackson e molestar crianc… Dançar. Eu quis dizer dançar.

UPGRADE

No ano passado, a única forma que eu tinha de jogar Just Dance era usando o app de celular. Poucos dias atrás, no entanto, eu adquiri um PS VR, que vem com uma câmera. Então achei que seria ainda mais divertido brincar de dançar agora. Afinal, em teoria o celular capta apenas os movimentos da mão direita. A câmera pegaria o corpo inteiro.

Logo percebemos que este não era o caso. A câmera é bem falha, perdendo totalmente a posição dos dançarinos. Fica uma janelinha no topo da tela onde você pode ver sua sombra colorida se estiver tudo funcionando bem. Só que essa sombra constantemente some por minutos seguidos, mesmo que você não tenha se mexido para os lados, o que faz com que você simplesmente pare de pontuar na música.

Não demorou para isso começar a deixar todos frustrados, e então decidimos ativar os celulares. A coisa realmente melhorou quando fizemos isso. Não só não precisávamos mais nos preocupar com nossa imagem sumindo da câmera, mas também não era mais um problema se alguém entrava na sua frente.

Outra coisa que faz uma boa diferença é nas danças de casal. Se você escolhe uma coreografia de casal e vai fazer em quatro pessoas, a câmera organiza a galera na ordem “cara, cara, mina, mina”, o que deixa impossível que cada casal dance junto. No celular, é possível organizar da forma lógica, “cara, mina, cara, mina”, pois você escolhe as posições de cada um.

Uma coisa que é muito legal tendo a câmera é que, após cada música, o jogo mostra um vídeo com os destaques da dança. Foi assistindo a estes vídeos que nós mais rimos. Alguns ficam totalmente ridículos enquanto outros até ficam bonitinhos. Todos ficam bastante engraçados. Aí embaixo você confere a Ione e eu dançando Tico Tico no Fubá.

É uma pena que não tenha uma forma de salvar os vídeos em arquivo para compartilhar onde quiser. Tem uma opção de compartilhar no Facebook, e usamos isso umas três vezes, mas os vídeos só foram aparecer no Facebook duas semanas depois.

A gente também fez um vídeo com o celular das meninas dançando. Aí vai.

JUST DANCE UNLIMITED

Uma coisa que não cheguei a testar ano passado é o Just Dance Unlimited, o serviço pago da Ubisoft onde você pode dançar várias músicas que estiveram nos jogos anteriores da série. Ao inserir o disco de Just Dance 2017 no PS4, ele ativou um passe de dois dias para testar o Unlimited, então aproveitamos para brincar bastante nele.

A quantidade de músicas bacanas que estão disponíveis no serviço é impressionante, mesmo para aqueles que, como eu, não sejam um grande fã de dance music. Há várias faixas de rock, como I Was Made For Lovin’ You do Kiss e Crazy Little Thing Called Love do Queen, além de músicas com coreografias famosas, como YMCA e Gangnam Style.

Só que há um problema bem sério com o Unlimited: ele simplesmente não funciona direito. As músicas que estão no serviço rolam em streaming, como o Youtube ou o Netflix, só que, ao contrário desses serviços, a coisa não roda de forma aceitável.

É possível perceber uma queda na qualidade visual em alguns momentos e é comum as músicas pausarem no meio. Até aí, seria aceitável. O que é inaceitável é que normalmente essas pausas levam a uma mensagem que diz que os servidores da Ubisoft estão fora do ar, o que sai da dança e retorna à tela título. Para deixar tudo ainda pior, quando isso acontece o jogo costuma travar, exigindo que você saia dele e o reinicie. Até você fazer isso, esperar o longo loading inicial e escolher de novo a música já se passaram para lá de cinco minutos.

Isso acontecia praticamente todas as vezes que tentávamos dançar algo do Unlimited. Na primeira tentativa em uma música, tínhamos que sair do jogo. Na segunda, costumava rolar. Ao longo da noite, no entanto, a coisa foi piorando. Chegamos a tentar dançar músicas como 99 Luftballoons e Crazy Little Thing Called Love umas cinco vezes sem sucesso, apenas para desistirmos frustrados e acabar escolhendo faixas que estavam no disco e que não davam problema. Estes somos nós detonando em 99 Luftbaloons.

Pensamos que o problema poderia ser da minha conexão, mas aqui a internet é de 100Mb e roda filmes em HD do Netflix sem problema nenhum. Além disso, a mensagem de erro sempre falava que o problema era dos servidores da Ubisoft. Seu Just Dance 2017 também deve vir com esse passe de dois dias, então você pode testar o serviço de graça e ver como ele funciona (ou não funciona) na sua casa antes de optar por pagar, mas pelo que rolou aqui, eu diria que ficaria bem bravo se tivesse assinado o serviço e ele desse tanto erro.

MÚSICAS DO DISCO

Uma música que me empolgou no setlist de Just Dance 2017 é Don’t Stop Me Now, talvez minha música preferida do Queen, e aquela que finalmente revelou ao mundo porque diabos chamavam o Freddie Mercury de Mr. Fahrenheit. Fiquei decepcionado no entanto que sua coreografia é solo, uma vez que as em grupo são muito mais divertidas.

Tem também duas faixas brasileiras, das cantoras Anitta e Daya Luz, além de vários outros nomes conhecidos da música pop, como Justin Bieber e Lady Gaga. Com o Unlimited ativado, no entanto, ele mistura todas as músicas disponíveis no setlist, o que dificulta um pouco para saber quais são as desse ano. Tem a categoria Just Dance 2017, mas é bem mais prático escolher as músicas como danças de quarteto, trios, etc.

SÓ DANÇANDO EM 2017

Por causa dos problemas com a câmera e com o Unlimited, eu diria que a experiência com Just Dance 2017 não foi tão proveitosa quanto a do ano passado. Também gostei mais da seleção de músicas da versão 2016, que fez com que a gente risse bem mais do que rimos desta vez.

Ainda assim, é fato que, para jogar em grupos grandes, poucos jogos são mais divertidos. Just Dance é o típico party game e se dá muito bem no que se propõe. E dessa vez permitiu que eu mostrasse meu gingado profissional aqui no DELFOS. Tente não se apaixonar.

Agradecimentos aos amigos que participaram da balada Just Dance 2017: Tarso Liang, Lydia Gibbons, Rafael Evangelista, Ione Higashi e, claro, Cinthia Mayumi Saito Corrales.

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