Lara Croft and the Temple of Osiris

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Em 2010, Lara Croft and the Guardian of Light colocou um novo fôlego na franquia Tomb Raider anos antes daquele reboot sensacional dar literalmente uma nova vida à série que não andava muito bem das pernas.

Particularmente, eu nunca fui lá um grande fã dos jogos da arqueóloga, mas esses dois supracitados realmente acenderam meu interesse. E agora chega às lojas online a continuação do spin-off de 2010, intitulada Lara Croft and the Temple of Osiris.

LARA VAI AO EGITO

Em uma busca pelo Egito, Lara e outro arqueólogo chamado Carter acabam se deparando com um plano maligno do deus Set para vencer Osíris. Lara e seu colega acabam se amigando com dois outros deuses egípcios, Isis e Horus, e agora os quatro, comandados por você e três amigos, devem colaborar para dar fim aos planos do maligno Set.

Como você já deve ter percebido, existem duas classes (arqueólogo e egípcio), com habilidades diferentes, sendo que ambas serão necessárias em um jogo cooperativo. Se você estiver jogando sozinho, no entanto, o personagem escolhido terá algumas habilidades da outra classe. Isso é muito legal, pois acabamos tendo dois jogos totalmente diferentes, uma vez que os puzzles têm soluções díspares dependendo de quantos estão jogando. Já era assim no anterior, aliás, e eu sempre achei muito legal, pois dava uma sensação de novidade quando você revisitava o jogo com amigos.

Como já comentei na minha resenha de Diablo III, eu realmente gosto de games com câmera isométrica. Além disso, acho deveras eficiente esse tipo de controle no qual a alavanca direita serve para mirar. Felizmente, a desenvolvedora Crystal Dynamics pegou estas duas características e construiu um jogo divertidíssimo em cima delas.

Curiosamente, minha primeira impressão não foi muito boa. A princípio achei os personagens muito pequenos, além de um mapa muito ineficiente, que não mostra exatamente onde você está, só a área em que você está. Depois que me acostumei, no entanto, comecei a achar o visual simples, porém muito legal e a partir daí me diverti muito, mesmo que o mapa tenha continuado ineficiente.

LARA CROFT AND THE GAMEPLAY OF OSIRIS

A princípio você pode ter a sensação de que este é um jogo de tiro, mas isso não é exatamente verdade. Na real, ele está muito mais para uma aventura. Tem inimigos, e você atira neles, mas este não é o grosso do gameplay, que é muito mais voltado para a exploração, navegação e puzzles. É muito mais uma questão de COMO você vai chegar lá do que se você vai sobreviver até o final da fase entende?

Com isso, quero dizer que você vai pular de plataformas para plataformas como um jogo da época de ouro dos 8-bit, vai escapar de armadilhas como um Prince of Persia e vai empurrar bolas para lá e para cá como… bem, um jogo de PS2.

A questão é que tudo isso é muito divertido, muito graças aos cenários extremamente detalhados e à bela mitologia egípcia. Aliás, quem diria, os chefes são deuses egípcios, e a escala deles é tão épica que chegou a me lembrar até God of War.

Não são muitos chefes, é verdade, mas os que estão aqui são muito bons. Destaque para Sobek, o deus jacaré, que é simplesmente enorme. Aliás, para saber mais sobre ele, leia como foi minha visita ao Templo de Kom Ombo.

Isso para mim foi um grande barato. Afinal, acabei de voltar do Egito, onde aprendi bastante sobre a rica mitologia do local, e foi muito legal ver uma aplicação gamer dela. Os chefes são alguns dos momentos mais marcantes e divertidos de um jogo que é divertido praticamente todo o tempo.

Só para não dizer que ele é perfeito, ele é um tanto curto, o que é uma pena, ainda mais considerando quão divertido ele é. Daria para colocar mais umas cinco fases e ele ainda assim não pareceria longo demais.

Para os completistas, você pode continuar jogando após completar sua história, indo para as fases em outros climas, ou mesmo explorando o enorme hub do jogo em busca de novas relíquias que concedem upgrades. Porém, para mim o grosso foi mesmo a história, e se eu for jogá-lo por mais tempo, prefiro fazer sua história novamente com alguns amigos do que ficar nesse pós-jogo.

LARA CROFT AND THE SURPRESA DO ANO

Eu estava esperando gostar de Lara Croft and the Temple of Osiris, porém, não esperava que ele tivesse potencial para estar na minha lista de melhores lançamentos de 2014. Ok, foi um ano de poucos lançamentos realmente marcantes, mas ainda assim, a diversão que eu tive com este jogo foi igualada por pouquíssimos outros lançados em 2014. Assim, fica fácil recomendá-lo, especialmente se você também é fã de jogos simples e divertidos.

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