Sabe, meu amigo delfonauta, eu normalmente penso na série Uma Noite no Museu como um filminho Sessão da Tarde sem nada especial. E o primeiro filme foi avaliado como tal por aqui, levando para casa módicos três Alfredos.
Porém o segundo, surpreendendo até a mim, levou gloriosos 4,5 Alfredos, nota reservada para a nata cinematográfica.
Admito, não tinha grandes esperanças para esta terceira parte, e acabei me divertindo muito. Mas antes de elaborarmos, segura a sinopse.
A placa mágica que faz com que as exibições do museu de Nova Iorque ganhem vida está perdendo seu poder, e ninguém sabe porque ou como evitar. Ninguém, a não ser o pai de Ankmenrah, que está exposto no museu de Londres. Então o jeito é a turminha do barulho pegar um avião até o velho mundo para falar com o faraó egípcio e dar um jeito de manter todo mundo vivo para aprontar num quarto filme.
Boa parte da turminha está de volta. Tem a dupla soldado romano/caubói, a indiazinha bonita que quase não fala nada, e até o Teddy Roosevelt interpretado pelo falecido Robin Williams dá as caras, no que deve ser seu último trabalho em live-action.
A sinopse pode parecer forçada, e convenhamos, é mesmo. Mas ela é apenas a desculpa para altas confusões e trapalhadas, com um humor inocente e bastante simpático, e como todo humor de alto nível, tem macacos. Ou melhor, uma macaca. A mesma dos outros filmes. E a comedora de bananas tem até página no IMDB.
Como toda comédia estadunidense, no entanto, ela acaba se perdendo um pouco ao começar a fazer humor em cima de xixi e demais fluidos corporais. Mas quando segue por outros caminhos mais inteligentes, se dá bem. A cena na qual a macaca enche o Ben Stiller de porrada (repare nos efeitos sonoros) é especialmente engraçada.
Também merece destaque uma participação especial bem nerd e que delfonautas de todo o Brasil vão curtir bastante. Não vou elaborar mais para não tirar a surpresa de ninguém, mas é perto do final e você vai sacar na hora quando assistir.
Assim, Uma Noite no Museu 3 não é nada espetacular ou inesquecível. Trata-se de uma diversão pipoca que não tenta ser nada além disso. Mas a gente gosta disso, então vale o ingresso.
Além disso, acaba sendo uma finalização digna para a carreira do Robin Williams. Ainda vamos ouvir a voz dele em Absolutely Anything (dirigido pelo Monty Python Terry Jones, que sai na metade de 2015), mas em carne e osso, esta provavelmente será a última vez.
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