Sua banda favorita está na cidade e lá vai você todo serelepe garantir seu ingresso pela internet. No meio da sua batalha contra o site malfeito da vendedeora, vem a punhalada pelas costas. Oito, 10, e às vezes até absurdos 20% (shame on you, LollapaloozaBR) de taxa de conveniência ou taxa de processamento.
Você faz careta, reclama, xinga no Twitter, mas como a chantagem emocional é forte, a cena acaba com você clicando no “comprar”.
Mas em 2003, dois fãs do Bruce Springsteen resolveram fazer mais do que garantir um lugar no show e entraram com uma ação conjunta em Los Angeles contra a Ticketmaster, alegando se sentirem lesados com a cobrança das tais taxas de processamento.
A ação coletiva resultou em um acordo que fará a Ticketmaster devolver a todos os clientes que realizaram compras entre 21 de outubro de 1999 e 19 de outubro de 2011 no site ticketmaster.com, o valor de US$1,50 por cada ticket e outros US$5,00 para os que usaram o serviço de entrega da UPS (empresa norte-americana de logística). Ao todo isso vai custar 11,25 milhões de dólares para a Ticketmaster.
Como o processo foi contra o lucro escondido nessas taxas e não contra as taxas em si, a Ticketmaster vai poder continuar realizando as cobranças desde que alerte aos clientes que lucra com elas.
Os clientes beneficiados vão receber e-mails com instruções para a restituição, que vai ser feita com vouchers para uso no próprio site da Ticketmaster. Serão no máximo 17 devoluções para cada cliente e só duas poderão ser resgatadas por vez.
A audiência final para assinatura do acordo e inicio das devoluções está marcada para 29 de maio de 2012.
Eu achei o valor das devoluções baixo e elas só poderem ser usadas no próprio site da Ticketmaster parece até piada, mas depois de oito anos de processo, dá para entender que os acusadores queiram encerrar a coisa toda e investir os US$20 mil que cada um vai receber pelo processo em coletâneas do Sr. Springsteen.
Bom mesmo seria ver essas taxas serem extintas.