Sabe, eu estava bem ansioso para este filme. Ok, admito que não sabia praticamente nada dele, mas os pôsteres e, principalmente, o título, me chamavam a atenção. Porém, assim que ele começou, vi que já tinha assistido antes. Ou pelo menos algo muito parecido.
Se liga: estamos em um mundo futurista onde algumas pessoas são pagas para serem controladas em um jogo à Second Life enquanto outros pagam para controlar. Logo, surge um novo título, onde os jogadores controlam presidiários em batalhas até a morte. O presidiário que vencer 30 partidas, é liberado. Obviamente, Gerardo Bundler é o sujeito que está quase lá.
O primeiro que me veio à mente foi O Sobrevivente, com o Governator, mas se você quer um mais recente, que tal Corrida Mortal? Poxa, eu poderia encher de links aqui para vários filmes com exatamente a mesma história, mas o código para colocar links em sites é complicado demais e eu demoro uns dois minutos para cada um que coloco, então vou parar de citar referências por aqui.
O que diferencia Gamer dos outros? Hum… talvez a temática videogamística, mas mesmo isso de games que matam já foi abordado no cinema antes. Poxa, já foi até tema de música do Iron Maiden!
Assim, resta apenas uma saudável quantidade da boa, velha e amigável violência, além de uma direção estilosa, com planos e movimentos claramente pensados por pessoas que já passaram muitas de suas horas na frente de uma tela segurando um controle.
Dessa forma, chega a ser até ofensivo a forma como os jogadores são representados: pense no Hurley, de Lost. Tire toda a roupa dele, encha-o de suor e de uma tendência homossexual de deixar o Manowar com inveja e coloque-o fazendo movimentos sexuais. Caramba, por mais que você queira fazer um comentário social sobre o sedentarismo e carência sexual dos gamers, convenhamos que os caras passaram dos limites, né?
E quem são os caras, você pergunta? Mano, essa foi a minha principal decepção. Os diretores são Neveldine & Taylor, que piraram forte nossos cabeções com o divertido Adrenalina. Ok, Adrenalina realmente não se destacava pela história, mas tinha outros atrativos, como a ação exagerada e uma divertida fanfarronice estampada em cada quadro. Gamer é sério e sua ação e estética estão mais para o lado sisudo e violento de Juízo Final. Dessa forma, carece de um pouco mais de ousadia e criatividade, pois é um gênero bem mais voltado à história do que os Testosterona Total comuns.
Resultado? Temos mais um filme nada neste que é o ano mais prolífico em longas esquecíveis desde que Cyrilove cunhou o termo. O pior é que poderia ser tão legal…
Curiosidades:
– Aí embaixo você confere algumas fotos que ilustram como este é um filme para meninos. Se a resenha não te animou a assistir, provavelmente as imagens vão. ^^
– Se você é menina ou já enjoou das imagens, clique aqui e leia um texto em inglês inspirado por Gamer. Já pensou se você pudesse conversar com o Mario (esse mesmo, o irmão do Luigi) enquanto controla ele? Pois essa é a proposta. Divirta-se!