Se você assistiu a 2001 – Uma Odisséia no Espaço, provavelmente começou a bater a cabeça na parede em desespero, enquanto gritava “Meretriz que me pariu, nada acontece nessa porcaria”. Finalmente, quando se recompôs e tomou a melhor decisão da sua vida (assistir o filme em fast-forward), constatou que não perdeu absolutamente nada nem com a velocidade avançada. E que ainda assim ele era lento.
Pois saiba, meu amigo, que poderia ter sido ainda pior. Isso porque foram descobertos 17 minutos extras do filme, em perfeitas condições e já editados, em uma mina de sal no Kansas (WTF!?). Essas cenas foram exibidas na pré-estreia que rolou no dia dois de abril de 1968, e logo em seguida foram cortadas para a versão oficial, que estreou no dia seis.
O óbvio a vir depois disso é a Warner decidir lançar uma edição especial, incluindo esses 17 minutos. E nesse momento, eu comecei a bater a cabeça na parede pensando que isso só poderia ser pior se nesses 17 minutos tivéssemos a participação do Stanley Kubrick.
Felizmente, a produtora se manifestou a respeito dizendo que o diretor decidiu cortá-los, a versão que conhecemos é a visão de Kubrick, e eles pretendem respeitar essa visão. Ufa!
Segundo dados da DataDelfos, 74% das pessoas que leram essa notícia ficaram chocadas por eu falar desse jeito de um dos maiores clássicos do cinema. Desses, 92% sequer assistiram ao filme.
É fato, todo mundo acha que esse filme é maior legal, mas só quando vão realmente assisti-lo veem como ele é lento e não acontece nada. Quando eu assisti, achei que a parte dos macacos estava longa demais e depois que fosse para o espaço, iria melhorar. Quando foi para o espaço, eu percebi que a parte dos macacos é a melhor do filme, e comecei a sentir saudades dela. São 141 minutos que poderiam ser contados em 15. E ainda sobraria espaço.
Agora fiquei com medo, preciso assistir alguma coisa rápida e hiperativa para compensar. Tipo Scott Pilgrim.