O delfonauta já deve saber que, depois das comédias românticas (vade retro), o gênero policial sempre foi o que menos me agradou. Contudo, com o trabalho no DELFOS, acabei tendo que assistir a filmes que nunca assistiria pagando. E vejam só, ao contrário das comédias românticas (sinal da cruz), até que alguns policias, como esse ou esse, são bem legais. Por outro lado, uma coisa que sempre gostei são filmes claustrofóbicos, como Quarto do Pânico ou Por um Fio. 16 Quadras parecia ser uma combinação perfeita entre os dois.
Saca a trama: Bruce Willis é um policial bêbado e corrupto. Mos Def é um criminoso que tem que estar às dez horas no tribunal. O primeiro é designado para escoltar o segundo até lá. A distância? 16 Quadras. O tempo? 118 minutos, ou seja, mais do que o suficiente. A dificuldade? O criminoso marcado para morrer (tantantaaan).
O filme é contado em tempo real, o que sempre é legal. Além disso, ainda tem direção do tremendão Richard Donner, que dirigiu o fenomenal primeiro filme do Super Homem e o divertido Máquina Mortífera. Legal, né? Mas sabe qual é o principal problema? Justamente a direção. Constantemente, Richard se utiliza de cortes feitos para que o espectador ache que estamos em um lugar, enquanto estamos em outro. Na primeira vez, até é legal, mas depois da qüinquagésima nona, começa a ficar cansativo.
Para ser sincero, não é só isso que estraga o filme. Talvez seja o fato de ele ser um típico policial, mas achei ele bem chato e fiquei com bastante sono durante toda a exibição. De qualquer forma, para fãs do cara que é Duro de Matar, daquele que nos fez acreditar que um homem podia voar ou do gênero policial, pode ser uma boa pedida.
PS: E olha que piada: o CD de imagens que a assessoria me deu para ilustrar essa matéria estava virgem. Ê, falta de cuidado.