Within Temptation – The Heart of Everything

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A Holanda nunca foi um grande celeiro de boas bandas de Metal Sinfônico ou Melódico, na linha do Epica e After Forever. Mas, ao contrário dessas, o Within Temptation encontrou seu real lugar ao Sol depois de The Heart Of Everything.

Mas vamos às músicas da obra de tia Sharon e companhia. O álbum abre com The Howling, uma das melhores, com bastante peso e com o vocal de Sharon den Adel na melhor forma. Depois vem a mais comercial, no bom sentido, What Have You Done, que tem a participação de Keith Caputo do Life Of Agony. Tem um refrão grudentíssimo e boa performance vocal de Sharon, que deixa o Caputo para trás como se fosse um vocalista de colegial. Tem uns barulhinhos que lembram Pop, mas até que é boa.

Depois vem uma das mais comerciais também, que é a Frozen. Muito cativante essa música, principalmente pelos vocais de menina da Sharonzinha e o instrumental competente da banda. O clipe também é legal, sobre a violência na família. Depois vem Our Solemn Hour, que mata a pau, literalmente. Com seus corais e uma singela passagem de Winston Churchill, a música mostra muito em peso, tem ótima letra e é uma das melhores do álbum. Em seguida vem a faixa-título, The Heart Of Everything, com um refrão grudentíssimo, ótimo instrumental e letras que podem ser escutadas até a última sílaba. Além disso, tem um nome true, pois possui Heart, embora sem Steel depois.

A próxima é Hand Of Sorrow, em que literalmente temos vontade de chorar (porque a música é boa), e emociona pacas, com um refrão de arrancar lágrimas mesmo. Depois vem a mais esquisita: The Cross. Tem bandolim, boa letra e Sharon parece que está tossindo ou com vontade de espirrar. A seguir vem Final Destination, que, na verdade, não tem nada de especial e combina bem com Hand Of Sorrow.

Em All I Need lembramos de nossos desafetos amorosos. Com arranjos acústicos e tecladinhos fofos (e uma vocalista mais fofa ainda), essa música é uma das melhores do álbum. O refrão apaixonante vai fazer você escuta até furar o CD (embora o meu já tenha vindo furado, bem no meio ainda). Realmente, arranca lágrimas mesmo do cara mais headbanger do mundo.

The Truth Beneath The Rose tem épicos sete minutos. A pegada mais pesada no final, a torna um dos destaques. O álbum, como todos os outros da banda, termina com uma música angustiante e que anuncia a espera de mais um CD por uns dois anos. Essa é Forgiven, que encerra essa belíssima obra do Within Temptation. Na versão limitada, ainda tem a tecnologia Opendisc, que permite ao comprador do álbum acesso a conteúdos exclusivos da banda. Tem como faixas-bônus a versão Rock Mix de What Have You Done e as músicas Deceiver Of Fools e See Who I Am gravadas ao vivo em Amsterdã.

Em outras palavras, uma boa banda faz um bom álbum. E os holandeses do Within Temptation fizeram isso. Agora é só esperar mais alguns anos até o próximo disco ou o lançamento de Black Symphony para conferir mais sobre essa obra-prima do Metal. Será que vão continuar com essa criatividade e musicalidade? Só o tempo dirá.

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