Sempre que eu penso no Type O Negative, me lembro daquele clipe bobinho daquela música igualmente boba chamada My Girlfriend’s Girlfriend ou algo do tipo. É engraçado que uma banda que teve tamanha exposição nos anos 90 agora tenha um público tão restrito. Mas esse não é um texto reflexivo sobre o O Negativo, mas uma resenha de seu disco que traz a divertida alcunha Dead Again.
Vamos tirar o óbvio do caminho. Eu não gosto de Rock/Metal Gótico. Aliás, vivo dizendo por aqui que o Black Sabbath não influenciou patavinas no Metal Tradicional, o que eles influenciaram mesmo é o Metal GÓTICO (e, com um pouco de boa vontade, o Metal Extremo). Claro, isso sempre faz com que indivíduos de intelecto inferior me convidem a ouvir Pagode, mas é inegável o quanto essas bandas góticas, tipo o Type O Negative, são semelhantes (embora bastante inferiores) à ex-banda do lesado Ozzy Osbourne.
Curiosamente, minha opinião sobre este álbum é praticamente a mesma que tenho sobre qualquer um do Sabbath que já ouvi. Tem algumas músicas maravilhosas (normalmente as mais rápidas), mas tem outras que me deixam deveras entediado.
Peguemos a faixa-título de ilustração, por acaso a primeira música. Ela é muito legal. Rápida, alegre e empolgante. Só que ela só adquire essas características lá pelos 90 segundos. Antes disso, tem todas aquelas características que não me apetecem na banda de Iommi: principalmente a bateria extremamente lenta (acho que eu já tive intervalos entre o almoço e o jantar mais curtos do que os intervalos entre as batidas desse início). E, considerando que ela tem apenas quatro minutos, isso é quase metade da sua duração.
Essa faixa serve muito bem como ilustração para o disco inteiro. Existem faixas mais rápidas que, no geral, são bem legais; e outras lentas demais, pelo menos para o meu gosto musical. O curioso é que a voz do deprimido Peter Steele fica bem legal quando ele se aproxima do timbre tradicional do Metal. Mas quando o cara decide fazer voz chorosa, não há delfiano que agüente.
Outra coisa que pode afastar os ouvintes mais impacientes é a duração das músicas. Das 10 faixas, cinco têm mais de sete minutos, sendo que uma dessas tem 9:48 e outras duas passam dos 10 ciclos minutais. E uma curiosidade é que uma música de 14 minutos do Type deve ter menos batidas do que uma de três do Dragonforce. Não que isso torne algo bom ou ruim, mas é uma coisa engraçada de se constatar.
Conclusão? Recomendado para fãs de Black Sabbath ou de seus influenciados. Se você é um desses, clique aqui para comprar. Agora com licença que eu vou ouvir Pagode antes que alguém me mande fazer isso (isso foi uma ironia, caso você não tenha inteligência suficiente para sacar)! 😛