Pois é, caro delfonauta. Agora chegou a minha vez de listar os melhores filmes do ano que passou. E devo confessar que montar a lista não foi difícil. Pelo menos três filmes já tinham lugar garantido nela, enquanto que encontrar os dois melhores dos poucos que vi este ano não foi difícil.
Mais difícil foi encontrar a menção horrorosa. Não porque eu tenha visto muitas porcarias este ano, mas porque eu vi poucas. Como sou apenas responsável técnico no DELFOS (além de assumir a tarefa extra de cuidar das notícias), não participo das cabines e, por isso, quando vou ao cinema já sei o que presta e o que não presta, já fazendo uma triagem. Por isso, só assisti realmente a um filme ruim neste ano.
A lista abaixo não deve conter muitas supresas. A maioria das pessoas já deve ter noção do que entrará nela e, bem, eu normalmente gosto de oscarizáveis. Você pode sentir a ausência de Avatar ou Up. Acontece, que até o momento em que compilo a minha lista, ainda não pude assistir a Avatar em 3D e me recuso a assistí-lo em uma sala normal.
Quanto a Up, o problema é outro. Eu realmente gostei do filme, mas, para mim, ele não teve a magia que Wall-E teve no ano passado. Por isso, ele acabou ficando fora, mas não interprete isso como se eu não tivesse gostado. Longe disso.
Outros filmes igualmente bons não entraram nesta lista. Por isso, ficam as menções honrosas para Se Beber, Não Case, Anjos e Demônios, A Era do Gelo 3, Pagando Bem Que Mal Tem? e Operação Valquíria. Agora, vamos à lista!
5 – Star Trek (Idem – EUA – 2009)
Um filme extraordinário que conseguiu revitalizar a franquia Jornada nas Estrelas, que capengava desde a morte de seu criador, Gene Roddenberry. J. J. Abrams conseguiu o que muitos julgavam impossível, elevando Star Trek ao mesmo nível de Star Wars. Não que isso seja muito difícil, considerando as cacas que foram os últimos três filmes do Darth Vader. E o melhor, conseguiu fazê-lo de forma a respeitar o cânone da série e filmes antigos, mas permitindo novas histórias. Uma excelente sequência-reboot.
4 – Watchmen (Idem – EUA – 2009)
Confesso que saí do cinema com sentimentos ambíguos com relação a este filme. Ele com certeza é bom. Mas estaria à altura da Graphic Novel? Depois de muito pensar, cheguei à conclusão que esta era a melhor adaptação possível para a Graphic Novel. É fato que muitas coisas que funcionam nos quadrinhos não funcionam na telona e Zack Snyder conseguiu balanceá-las muito bem. Ele tem a melhor cena de sexo do cinema, uma trilha sonora fantástica e conseguiu impressionar a todos com a violência do Rorschach. A única falha que sobrou foi a presença inexplicável da Bubastis no final, mas ela não compromete o filme. Com certeza, um dos melhores do ano e que recomendo a todos os meus amigos.
3 – Gran Torino (Idem – EUA – 2008)
Cara, Clint Eastwood é um tremendão. Não pelos talentos intepretativos do sujeito, que sempre repete o mesmo papel, mas porque ele sabe fazer filmes que fazem a gente simpatizar com o mocinho mesmo quando ele é o sujeito mais antipático e teimoso do mundo. Além disso, ele conhece as próprias limitações e sabe quando não ir para a frente das câmeras se o seu filme tem um personagem que ele sabe que não se encaixa no seu perfil. Aqui temos uma bela história de como os valores e o bom exemplo são importantes para o desenvolvimento de uma pessoa, e como nunca deixá-los de lado, a despeito do sacrifício exigido.
2 – Quem Quer ser um Milionário? (Slumdog Millionaire – Inglaterra/EUA – 2008)
Recentemente, tive a oportunidade de conhecer a Índia, através do meu trabalho “de gente grande”. Eu vi este filme poucos dias depois do meu retorno, e fiquei assombrado com a quantidade de detalhes, e semelhança do filme com a verdadeira Índia. Claro que é uma história fictícia, mas o comportamento das pessoas, as ruas, as luzes, tudo foi muito bem retratado. E, para quem não sabe, a dança no final e o final feliz são características típicas dos filmes Bollywoodianos. Uma bela homenagem, além de um belo filme.
1 – Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds – EUA – 2009)
O último filme de Quentin Tarantino é também o filme sobre nazistas pelo qual todos estávamos esperando. As atuações de Brad Pitt, Mélanie Laurent e Christopher Waltz deram um show à parte, com alguns dos personagens mais carismáticos do cinema. Pois é, meu caro. Quem diria que você simpatizaria com um nazista, ainda mais sendo ele o vilão do filme? Somente alguém com o calibre de Tarantino conseguiria tamanha façanha. Ah, e quase fiz pipi nas calças com o “sotaque” do Brad Pitt quando ele fala italiano.
Menção Horrorosa e Decepção Delfiana: X-Men Origens: Wolverine
Como a 20th Century Fox faz isso com o mutante mais idolatrado do mundo do entretenimento? Eu não consigo arrumar palavras para descrever o quanto eu odiei este filme. A participação do Gambit é pífia e imbecil (até agora não engulo o momento em que ele interrompe a luta do Dentes de Sabre com o Wolvie), Hugh Jackman faz o Wolverine mais poser e burro do cinema, e não quero nem entrar no mérito do Deadpool no final. O pior é que tudo isso havia sido prenunciado, com as histórias de guerra entre os produtores e o diretor, que tentavam enfiar mais e mais mutantes no filme. Além de, é claro, arrumar uma pontinha para o rapper Will.I.Am. Se isso for apenas uma amostra do que está por vir na franquia mutante com as histórias de “origens”, então prefiro que as profecias Incas realmente se concretizem e o mundo acabe em 2012. Mas não antes de Tintin e O Hobbit virem às telonas, é claro. :-)”
