Sabe quando um jogo é bom, mas ele simplesmente não clica com você? Este foi o caso de Tevi para mim. Temos aqui um metroidvania 2D disponível hoje para Switch e Windows, mas com lançamento previsto também para Xbox e Playstation. Seu principal apelo para mim é que, ao contrário de 95% dos metroidvanias, ele não é um soulsborne. Mas tem muitas outras qualidades.
TEVI É MUITO FOFO
Uma coisa que achei muito legal é que nas cenas de história, os personagens aparecem com traços típicos de animê. Este seria o visual “realista”, como eles são na vida real. Porém, no jogo em si todos os personagens têm uma aparência chibi que é muito fofa. Se liga nos mesmos da imagem acima.
Legal, né? Normalmente eu critico os games que contam suas histórias através de imagens estáticas, mas este é um caso em que eu achava realmente legal ver as duas interpretações diferentes para os mesmos personagens. Particularmente, no entanto, eu acho o visual do game em si, com os personagens pequenininhos e cabeçudos, muito mais charmoso do que o estilo animê das cutscenes.
LUTANDO E EXPLORANDO
A fofura visual se estende para os inimigos. Tipo olha o cacto musculoso da imagem acima. Tem alguns inimigos tão fofuscos que eu sinceramente achava que eram NPCs para conversar, e me aproximava apenas para levar porradas inesperadas.
O visual de Tevi é, de longe, o maior apelo do jogo para mim. Level design e exploração são bacanas também, mas o combate foi o que me cansou. Acontece que todos os inimigos, e em especial os chefes, têm MUITA vida. A ponto de que é simplesmente mais fácil passar correndo pelos inimigos do que lutando contra todos. Mas os chefes…
AH, OS CHEFES…
Os chefes são muito cansativos. Eles têm tipo quatro barras de vida e você precisa dar mais de uma centena de porradas para cada uma. Eu ficava literalmente com dor nos dedos de tanto martelar o botão de ataque. E tem muitos chefes, inclusive eu cheguei a lutar contra dois chefes seguidos, sem pausa entre as batalhas.
Veja bem, pelo menos na dificuldade padrão, isso não deixa o jogo especialmente difícil, mas sim cansativo. Eu diminuí a dificuldade não por estar morrendo, mas por ficar cansado de ter que bater tanto. Tinha a esperança de que isso aumentasse meu dano, ou diminuísse a vida dos inimigos. O que senti, no entanto, é que diminuiu muito o dano que eles causam em mim, a ponto que fiquei praticamente invulnerável. Mas as batalhas continuaram longas demais para seu próprio bem.
TEVI É BEM LONGO
Outra coisa que me cansou é quão longo o jogo é. Para você ter uma ideia, eu já estava com algumas horas clockadas quando ele iniciou o fuckin’ capítulo 1. E, sei lá, eu gosto muito de metroidvanias, mas acho que o gênero não vinga quando o jogo é grande demais. Talvez Gato Roboto seja um exemplo da duração ideal para o gênero. Tipo, você precisa sentir que está sempre fazendo progresso, não que seu objetivo é apenas passado para a frente.
Dito isso, Tevi certamente é um bom jogo. Ele me causou uma excelente primeira impressão, devido a seu audiovisual e jogabilidade gostosa, mas o combate e sua duração extrema acabaram me cansando. Não ajuda o fato de que tem muito diálogo. Os dubladores parecem ser pessoas famosas da dublagem nipônica, então quem manja de animês provavelmente vai reconhecer algumas vozes.
Eu devo ter jogado por umas 15 horas, mas a falta de progresso aparente e excesso de texto me desanimou. Para quem curte games com muito texto e combates estendidos, provavelmente vai curtir, no entanto. Então Tevi é um jogo que eu recomendo, mas é daqueles casos que, embora tenha curtido, não me pegou de jeito para ir até o fim.