Santos, Barcelona e Quadrinhos

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Sim, o atual estado do futebol brasileiro tem muito a ver com o atual estado dos quadrinhos de super-heróis. Primeiro, vamos analisar o futebol, e depois ver como isso se aplica no gênero que é a cara dos quadrinhos, como disse o mestre Milo Manara uns meses atrás. Mesmo que você seja um nerd que não gosta ou não entende de futebol, vale a lida e a discussão.

Li e ouvi, logo após o embate (?) entre Santos e Barcelona, que o Santos foi humilhado. Eu acho que ocorreu uma situação pior. O futebol brasileiro foi humilhado. Veja bem, o Santos é o atual melhor time do Brasil, tem os dois grandes craques do futebol brasileiro e é a atual pérola da América. Se o que temos de melhor toma uma goleada histórica dessas, fico muito triste pelo nível dos outros times brasileiros. Chame-me de exagerado, do que quiser, mas o dia 18/12/2011 ficou marcado na história como a morte do outrora glorioso futebol canarinho.

R.I.P., FUTEBOL BRASILEIRO

Essa sensação é algo que venho tendo desde a performance brasileira na Copa do Mundo de 2006. Porém, eu ficava pensando que talvez fosse apenas uma leve impressão minha. E o Barcelona mostrou que não era. Olhando no Futstats e outros sites de números de partida, vemos algo monstruoso. O Barcelona teve 75% de posse de bola (o que significa um tempo e meio de jogo com a redonda nos pés) e mais da metade do time simplesmente não errou um único passe. Todos, sem exceção alguma, marcavam quando estavam nos raros momentos sem a bola. O Barcelona mostrou que, para ser um time vencedor basta, apenas, jogar futebol.

Falei besteira? Não, não falei e é nas entrelinhas que devemos prestar atenção. Enquanto jogadores brasileiros se preocupam em qual mulher-fruta irão pegar, com qual carro irão chegar a uma festa, com aumento de salários e planos de carreira; o jogador do Barcelona, qualquer um deles, faz o que tem que fazer: jogar.

Isso é resultado da política ridícula que temos neste país. O Brasil, com sua mania de tomar mais do que dá, de não dar condições dignas de vida ao brasileiro, faz com que quase todo menino sonhe em jogar futebol para ser alguém na vida. Parece que é a única maneira honesta de vencer dentro do país dos impostos. Isso cria um individualismo (como se o brasileiro já não fosse individualista o suficiente) exacerbado em jovens que deveriam ter como noção primordial o fato de estarem em um esporte coletivo. E coletividade é um dos segredos do Barcelona. A partir do momento que até sua estrela vai ajudar o companheiro na marcação, podemos ter o talento que for em um time brasileiro, não será o suficiente.

O resultado do dia 18 mostra que falta tudo em nosso futebol atual. Não temos categoria de base. Os fundamentos não são treinados com a meninada. Pior: treinador de base que tenta é esculachado pelos empresários dos garotos, afinal, estes querem grana na mão o mais rápido possível. Não há tempo para fundamentos, o resultado precisa vir logo. Pura consequência da combinação dos clubes terem virado empresa e do futebol ter virado comércio. Tudo tem que ser para ontem. E por que essa constatação? Simplesmente nove dos titulares do time catalão jogam juntos há quase vinte anos, desde moleques. Não é à toa que possuem um entrosamento praticamente extraterrestre. Há trinta anos que o Barcelona mudou a mentalidade de comprar jogadores para a mentalidade de investir (corretamente, não como aqui) nas categorias de base.

Faltam também dirigentes e não os fanfarrões que temos aqui, que se preocupam com o jogo da soberba na mídia, vendo quem troca as melhores acusações. Isso tem nome, queridos: infantilidade. Falam tanto de amor ao clube que, ao invés de ficarem calados, trabalhando para que seu respectivo clube seja um rolo compressor, ficam se olhando no espelho e ajeitando o cabelo enquanto uma câmera é apontada para seus rostos.

Falta noção para a imprensa esportiva brasileira, que endeusa qualquer um que consegue um chapéu e um gol no ângulo. Isso também é fator para o deslumbramento das jovens “promessas”.

O Durval falhou no primeiro gol? Falhou. O esquema tático usado pelo Muricy foi (provavelmente) equivocado? Sim, mas (quase) ninguém tem culpa da performance do Peixe. Aconteceram outros problemas dentro e fora do campo? Com certeza. Essa apresentação é culpa do que o futebol brasileiro se tornou. Na época de ouro, não nos preocupávamos com dinheiro, puxa-saquismo, representar produtos na televisão, entre outras coisas. A preocupação era jogar bola.

Foi assim que o Brasil se consolidou como o titã que era. Acusamos os argentinos de serem arrogantes, mas nós, usando das glórias de décadas atrás, nos julgávamos inalcançáveis. Só que o tempo foi passando e os estrangeiros foram aprendendo, aprendendo e aprendendo. E nós fomos relaxando. Aos poucos, a coisa toda mudou.

Os sinais estavam aí. Não é de hoje que falam que atualmente não há mais cachorro morto no futebol. Os mexicanos aprenderam, os japoneses aprenderam, os africanos aprenderam e os europeus se superaram. Quem estacionou ao ficar se vangloriando de jogadas que não eram suas? O jogador atual do futebol brasileiro, que calcado nos feitos de Pelé, Tostão, Garrincha e outros, sobem no pedestal. Nós passamos décadas ensinando o futebol ao mundo. Vimos o mundo aprender e demos tapinhas nas costas deles falando “Que gracinha!”, enquanto ao invés de treinarmos, enchemos a cara em botecos e churrascadas regadas a muita cerveja, pagode e mulheres seminuas.

Particularmente, o time do Santos fez o que pôde. Não teve culpa de encontrar pela frente um time com trabalho sério, ao contrário da postura dentro e fora de campo de qualquer time brasileiro. O que o Santos sofreu foi consequência dessa acomodação nefasta que tomou conta dos jogadores e das falcatruas dos cartolas de norte a sul do Brasil. Contra um time que dá espaço é fácil ser craque. Difícil é jogar contra um time onde todos os jogadores ajudam uns aos outros, como deveria ser em um esporte coletivo.

É fácil ser valente e raçudo contra um Santo André. Ter a mesma postura sempre é que é difícil, como o Barcelona faz, que trata todo adversário igualmente. Fácil sobrar num campeonato (e ser apontado como revelação) cujo nível agora ficou evidentemente medíocre e começar a pedir aumento de salário e revisão de carreira, né? Difícil é grasnar diante de Messi, Xavi e companhia. Mas não, a ave preferiu ficar com as mãos na cintura no meio-campo enquanto via os adversários passarem ao seu lado.

É, acho que tinha que ter levado o Pelé mesmo, o presidente estava certo. Descanse em paz, futebol brasileiro. Obrigado por tudo, foi bom enquanto durou, o último que apague a luz, por favor.

UMA COMPARAÇÃO

Agora que você está ciente da ideia da morte do futebol brasileiro, imagine que o conceito de super-heróis está para os estadunidenses como o futebol está para os brasileiros e você terá uma leve ideia do que está acontecendo com o mais amado gênero dos quadrinhos.

As editoras americanas finalmente estão tomando coragem e se aventurando pelos quadrinhos digitais e, embora números não sejam revelados – malditas! – aparentemente estão vendendo muito. Marvel e DC estão quebrando seus recordes digitais a cada mês. Não deve ser diferente com as outras editoras no mercado estadunidense.

Então se os quadrinhos digitais vendem bem, o problema não é e nunca foram os scans. Talvez no começo, quando surgiram, mas não são mais. Quadrinho digital vende, mesmo com os scans por aí. Ponto. Dessa maneira, qual é o problema dessa mídia, diacho?

Um tempo atrás, o divino, magnânimo e tremendão Alan Moore disse que os quadrinhos de super-heróis morreram e as editoras nem se deram conta disso. O barbudão disse:

“Parece que as duas maiores empresas estão apanhando feio na medida em que eles tentam remodelar seus universos enfraquecidos usando velhos truques, porque, na verdade, eu não acho que eles tenham novos truques.”

E é isso. É a apresentação e reapresentação das mesmas ideias que estão matando os quadrinhos de super-heróis. E vamos ver quais ideias são essas?

UMA RARA DECLARAÇÃO HONESTA

Relaunch“. “Reboot“. Talvez essas tenham sido as duas palavras mais faladas/escritas no mercado de quadrinhos nos últimos meses.

O que me fez escrever este texto foi essa declaração:

“THE TRUTH IS PEOPLE ARE LEAVING ANYWAY, THEY’RE JUST DOING IT QUIETLY, AND WE HAVE BEEN PAPERING IT OVER WITH INCREASED PRICES… WE DIDN’T WANT TO WAKE UP ONE DAY AND FIND WE HAD A BUNCH OF $20 BOOKS THAT 10,000 PEOPLE ARE BUYING.”

– Dan Didio.

O que o presidente da DC Comics disse foi: “A verdade é que as pessoas estão deixando de ler quadrinhos, deixando de ler aos poucos e tudo que temos feito é aumentar os preços das revistas… só que não queremos acordar um dia com quadrinhos custando vinte dólares que dez mil pessoas estão comprando”.

Claro que as pessoas não estão lendo mais. Não há nada de novo nos quadrinhos há tantos anos que não sei mensurar. Não adianta novas séries ou personagens diferentes se os mesmos truques criativos continuam a ser usados.

ISTO É O QUE ACREDITO QUE ESTÁ ACONTECENDO

Pode me chamar de inocente, mas acredito que a queda nas vendas de quadrinhos tem menos a ver com preços, estratégias de marketing, distribuição e afins. Claro, cada um desses aspectos influencia, tem seu grau de poder destrutivo nas vendas. Porém, acredito que há algo muito, muito pior e que é sim o principal responsável pela queda de vendas. Brincando com algumas sagas da DC e usando de um velho termo, o problema é crise de criatividade.

Em outras palavras, os recursos, truques e macetes usados nas histórias são os mesmos há 234634572342 anos. Não há inovação alguma. Os personagens continuam os mesmos e isso é a morte para uma história ficcional. Uma das coisas que é parte da base de técnicas de roteiro é o fato de que personagens precisam mudar. Ao final de uma história, eles precisam aprender algo, mudar de opinião sobre alguma coisa, desenvolver conhecimento/habilidades novas, ter o curso de sua vida alterado por algo dramático. Isso é básico para cinema, TV, literatura, o que você quiser. Não é o caso, infelizmente, dos quadrinhos de super-heróis. Vamos ver por que e quais são alguns desses truques? Acredito que, nos comentários, muitos leitores vão dizer o que criativamente não aguentam mais. Creio que seria quase uma utilidade pública, não é?

MORTE

Um herói morre. E depois revive. Outro herói morre. Também revive. Mais um herói morre e o que ele faz? Volta do além. Aí morre mais um e adivinha o que os roteiristas fazem? Você entendeu.

O recurso da ressurreição banalizou a morte nos quadrinhos. Ninguém mais se importa. Não alavanca vendas como antes. Perdeu o significado. O recurso foi usado e abusado até um nível obsceno (senão mais) e hoje os leitores riem quando um herói morre, isso quando têm alguma reação a esse acontecimento.

Morreu? Morreu. Simples assim. A editora se arrependeu de ter matado o herói? Que outro personagem diferente continue o legado. É por isso que o Fantasma é o melhor personagem já criado em todos os tempos. O novo Fantasma não deu certo? Mata, inutilize-o, sei lá, mas tire-o do posto e coloque um novo na linhagem. Dê a eles um tratamento estilo Batman Beyond ou Peter Parker/Miles Morales. Um novo cujas características foram criadas após cuidadoso estudo sobre o gosto do público atual.

Quem você matou foi Peter Parker, não o Homem-Aranha. Quem você matou foi Diana, não a Mulher-Maravilha. O conceito continua vivo. E com uma nova persona no lugar, pode ser atualizado e remodelado para que continue fresco, atual, novo. Enfim, que desperte a curiosidade das pessoas. Encerre a era de Tony Stark e coloque alguém novo que dê um ar fresco ao Homem-de-Ferro. Um personagem esgotou suas possibilidades? Renove-o assim e não através de retcons e reboots. Recontar a origem pela milionésima vez para colocar “elementos novos” não funciona mais.

Com um personagem novo continuando o legado de um anterior, você marca uma fase. Olha, temos a fase de Bruce Banner como Hulk. Agora é a fase do quem-quer-que-seja como Hulk. Mas o que Banner fez antes tem grande impacto na vida desse quem-quer-que-seja. O legado, o conceito vive. A história move adiante.

E isso me leva a outro tópico…

RETCONS

Por tudo quanto é mais sagrado, o que aconteceu com Gwen Stacy permanece ali. Já foi, é passado. Faça com que Peter supere de alguma forma em alguma história épica, que seja. Mas supere. Não quero vê-lo como o chorão supremo. Quero vê-lo como um herói, que supera as dificuldades com dignidade, sejam elas quais forem.

Mova a história do personagem adiante, não utilize retcons. Conte coisas novas. Traga novos conceitos, novas abordagens a cada história. Faça os personagens aprenderem coisas novas. Mas aprendam e não esqueçam. Digo isso porque não consigo me lembrar da última vez que alguém usou a noção de geometria espacial que Ciclope possui e que o fazia usar seus raios óticos de forma ofensivamente impressionante.

Outro problema com retcons é que a cronologia do personagem vira uma colcha de retalhos. Isso só causa mais problemas conforme o tempo passa. É como ter 50 ovos em uma cesta em que só cabe 15, e você está lá, colocando mais 70 na cesta.

O retcon também vai contra uma regra suprema dos roteiristas, a regra do K.I.S.S. – “keep it simple, stupid“. Mas não, lá vai mais um retcon para acrescentar mais problemas cronológicos que outros terão que ficar arrumando depois quando deveriam contar apenas uma boa história.

MEGA-SAGAS

Vou fazer um pedido – e imagino que muitos irão me apoiar entre as pessoas que colocarem seus olhos neste texto – por favor, banimento (quase) total das mega-sagas. Acaba uma mega-saga, já tem outra na sequência. E cada um dos títulos passando por uma mega-saga. Tem mega-saga do Batman, Lanterna Verde, Vingadores e blá, blá, blá.

Quando várias acontecem ao mesmo tempo e uma atrás da outra, como ela pode ser grande? Como pode ser especial? Como pode ser relevante?

Nas revistas, contem histórias. Apenas histórias. Façam seus arcos de história. Contem uma história com quatro edições. Na sequência, contem outra com três. Contem outra com cinco. Só não contem com muitas partes. Um arco com muitas edições prende muito o leitor. Parece economicamente vantajoso mantê-lo preso por quase um ano ou mais? Desculpe, isso já não cola com os leitores.

Contem apenas uma história atrás da outra. Simples assim. Depois de uns três ou quatro anos, faça uma mega-saga com aquele personagem. E outra só dali a mais alguns anos. Deixe os leitores aguardando sedentamente por isso.

E isso também me leva a outro tópico…

CROSSOVERS

Parem com isso. Hoje, todos os personagens estão aparecendo em todas as revistas. Pra que comprar Mulher-Maravilha se ela aparece também na revista da Liga da Justiça, dos Novos Titãs, em mais duas ou três revistas e ainda na mega-saga do momento? Qual foi a última vez em que algum personagem teve uma fase em que as histórias giravam apenas em torno dele e de seus respectivos coadjuvantes, adicionando camadas a eles? Desenvolvendo-os? Tornando-os melhores?

Com crossovers sendo raros, os fãs esperarão ansiosamente quando eles se cruzarem. Se isso ocorrer, que ocorra por necessidade criativa e não como muleta para qualquer outra coisa.

Se um personagem menor fica popular, não dê a ele uma revista mensal. Faça justamente o contrário. Faça-o aparecer esporadicamente. Os leitores pedirão mais, comprarão mais quando ele aparecer. Agora, se todos adquiriram uma “síndrome de Wolverine”, como quer que os leitores peçam mais? Um crossover deveria ser um “holy fuck, eu quero muito ver esses dois juntos” vindo dos leitores.

Agora imagine as mega-sagas onde são elas junto com crossovers. É de doer, fala sério. Quer fazer uma mega-saga? Faça com uma linha de personagens. Não faça com o elenco inteiro da editora. Espere um evento realmente épico para fazer uma mega-saga + crossover.

REALIDADES ALTERNATIVAS

Aqui, eu acho que é o cúmulo do retcon + mega-saga. Há realidades alternativas bacanas? Há, mas é uma minoria asmática perto das histórias ruins feitas com essa ideia. Uma realidade alternativa tem que ser relevante de alguma forma para o personagem e não algo como um “retcon do futuro”. No passado ou no futuro, o conceito de retcon falado anteriormente continua o mesmo.

As realidades alternativas também acabam com o esquema de “contar uma história após a outra” falado no tópico das mega-sagas.

OUTROS TRUQUES BATIDOS

Como disse anteriormente, esses aqui seriam apenas alguns truques que os leitores não aguentam mais e com certeza eles têm sua “lista de truques batidos”. Se eu colocasse aqui todos os truques batidos da minha lista, viraria uma tese acadêmica, um livro.

Baseado no que foi descrito aqui, faço um convite a Geoff Johns, Brian Michael Bendis, Mark Millar, Scott Snyder, Kurt Busiek, Peter David e cada um dos roteiristas do mercado estadunidense: revisem seus truques. Criem novos truques. Criem novas formas de contar histórias. Criem novas saídas, novas estratégias. Não adianta um relaunch ou um reboot se cometem os mesmos erros.

Décadas atrás, a DC liderava o mercado de quadrinhos. Seus heróis eram deuses, figuras mitológicas acima dos mundanos humanos normais e suas peripécias e aventuras encantavam e impressionavam os leitores. Aí surgiu a Marvel, com uma nova e fantástica abordagem: trazer para perto do leitor os super-heróis. Agora os leitores sentiam que eles poderiam ser super-heróis ao conhecer Peter Parker, Donald Blake, Matt Murdock e outros. E o mundo dos quadrinhos nunca mais foi o mesmo devido a esse novo conceito.

Acredito então que o mercado de quadrinhos atualmente precise de outro evento de igual importância ao surgimento da Marvel na década de 60. E acredito que isso só ocorrerá se novamente tivermos novos conceitos. Roteiristas, procurem entender o mundo atual. O mundo mudou muito, desnecessário dizer isso. Mas só os super-heróis continuam os mesmos. E isso, infelizmente, os está matando mais rápido que a onda de antimatéria do Antimonitor. Todos os conceitos apresentados aqui precisam ser abandonados o mais rápido possível. Mega-sagas, crossovers, todos eles.

Se ainda resta alguma dúvida, veja a Pesquisa de Mercado de Quadrinhos feita pelo Zap! HQ nos três links abaixo. Veja o que os leitores – ou seja, você! – querem. E verão que essa ideia toda é a realidade.

Primeira parte.
Segunda parte.
Terceira parte.

A roda foi criada com o Superman em 1938. Ela foi reinventada com o surgimento da Marvel em 1962. Precisamos reinventá-la uma vez mais. Assim como o Barcelona fez com o futebol.