Clock Tower é um pioneiro do terror nos games. Está longe de ser o primeiro, mas era um jogo bastante diferente quando saiu para o Super NES, em 1995. Agora, em 2024, ele é relançado com melhorias feitas pelas mágicas mãos da WayForward, com o nome de Clock Tower Rewind. Vamos falar sobre ele.

Review Clock Tower Rewind

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Clock Tower é um point and click, mas tem uma diferença considerável em relação aos clássicos do gênero que costumavam tender à comédia. É um jogo de terror, inclusive com um insistente inimigo, que vamos chamar aqui de Zé Tesoura. De tempos em tempos, o Zé Tesoura aparece e começa a te perseguir. Ele é incansável, e a única forma de se livrar dele é se escondendo ou chegando a algum lugar que ele não consegue alcançar.

É mais fácil falar do que fazer. A forma mais garantida de escapar dele que encontrei foi se esconder dentro de um carro, mas para isso precisava correr até o extremo esquerdo do mapa. Em geral, sempre que o Zé Tesoura aparecia, a sensação era mais um “que saco” do que um “que medo”. Ele parece aparecer baseado em um cronômetro. Caso você tenha salvado pouco antes, dá para restaurar o save e nem sempre ele aparece no mesmo lugar, mas sempre aparece pouco depois.

Apontando e clicando

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O Zé Tesoura vem aí. Corre, meu!

Tirando o Zé Tesoura e o audiovisual assustador, Clock Tower é um point and click tradicional, mas até mais simples do que os clássicos da LucasArts. Os quebra-cabeças fazem mais sentido. Por exemplo, você usa o pesticida para matar insetos, não para tirar um guarda do seu posto ou algo bizarro nessa linha, entende?

O game tem uma pá de finais, e eu destravei três deles. Não consegui resolver o caso e sobreviver, o que seria o melhor final, mas vi todo o jogo. Meu save me prendeu na área final, de onde podia ver apenas dois finais ruins, e não sei o que precisava ter feito para solucionar o caso. De qualquer forma, diria que meu tempo com Clock Tower foi bem aproveitado. Eu conheci o jogo e vi tudo que ele oferece, embora não tenha visto a história inteira.

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Se você não jogou Clock Tower antes, provavelmente não vai se divertir muito com Clock Tower Rewind. Tem muito aqui que viria a ser usado em games como Resident Evil e Alone in the Dark e é sempre legal ver os primeiros esforços de uma mídia em um gênero clássico. Vale como curiosidade histórica, mas não é uma diversão facilmente recomendável em 2024.

REVER GERAL
Nota:
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Carlos Eduardo Corrales
Editor-chefe. Fundou o DELFOS em 2004 e habita mais frequentemente as seções de cinema, games e música. Trabalha com a palavra escrita e com fotografia. É o autor dos livros infantis "Pimpa e o Homem do Sono" e "O Shorts Que Queria Ser Chapéu", ambos disponíveis nas livrarias. Já teve seus artigos publicados em veículos como o Kotaku Brasil e a Mundo Estranho Games. Formado em jornalismo (PUC-SP) e publicidade (ESPM).
review-clock-tower-rewind-terror-em-16-bitDisponível: Windows, Switch, Xbox Series, PS4, PS5<br> Analisada: PS5<br> Desenvolvedora: WayForward<br> Editora: WayForward<br> Lançamento: 29 de outubro de 2024<br> Gênero: Point and click<br>