Mais um dos fantásticos jogos de Playstation chegam ao Windows. A festa da vez é sob as orelhas e mecanismos de Ratchet e Clank Em Uma Outra Dimensão. E tal qual The Last of Us Part 1, este é mais um port de Windows que chega quente, com patches diários e mudanças fortes.
ANÁLISE RATCHET E CLANK EM UMA OUTRA DIMENSÃO
Obviamente, se você quer uma análise detalhada sobre o jogo em si, está a um clique de distância. O assunto aqui é especificamente o port de PC. O que ele traz de novo e como está se saindo em um bom computador durante a janela de lançamento, especialmente no último final de semana.
Então antes de mais nada, convém a gente mostrar aqui os requisitos oficiais do jogo.
Meu PC é exatamente o que está na coluna “amazing ray tracing“. Porém, o meu CPU é melhor. Na verdade, meu CPU é exatamente o que está na coluna “ultimate ray tracing“. Então eu esperava que fosse conseguir jogar de forma um tanto melhor do que o prometido acima – que para o meu computador é 1440/60 ou 4K/30.
NÃO FOI O CASO
Embora meu computador seja oficialmente superior à coluna de amazing ray tracing, eu não consegui atingir aquele nível de performance nas configurações recomendadas. Coloquei tudo no high. A 1440, tirava entre 45 e 60 FPS. Não é ruim, mas eu esperava que fosse capaz de manter 60 FPS travado.
A 4K foi mais decepcionante, pois dificilmente o jogo atingia 30 FPS. Ele variava de 20 a 30, ficando na maior parte do tempo perto dos 25, 28. Dá para jogar, mas não é exatamente gostoso. Para o meu caso, acho mais vantajoso deixar a 1440 mesmo.
Os carregamentos também decepcionam um pouco. O jogo não tem o carregamento instantâneo do PS5 mesmo instalado num SSD, mostrando até uma tela de loading. Ela é rápida (menos de 10 segundos para carregar o save da tela título), mas aparece. Mas o pior é quando você atravessa portais que alternam entre diferentes regiões. Ao fazer isso, o jogo dá algumas pequenas travadinhas. Coisa de décimos de segundo, mas perceptível, o que tira um pouco do sabor next-gen que essas transições tinham no PS5.
O PODER DO WINDOWS
Ratchet e Clank Em Uma Outra Dimensão traz algumas melhorias gráficas que não estavam disponíveis no PS5, como sombras em ray tracing e ambient occlusion. É o tipo de coisa que é bem sutil, bem voltada a tech geeks mesmo. Essas opções são bem pesadas, e o jogo tende a travar se você tentar ver como ele performa além da sua capacidade.
Quando tudo funciona certo, ele sai do jogo e dá um erro de que sua memória de vídeo acabou imediatamente ao mudar as configurações no menu. O mais comum no meu caso, no entanto, é o computador ficar totalmente travado na tela do jogo, exigindo uma reinicialização à força, daquelas que você precisa ficar segurando o botão de energia por 10 segundos. Fazer isso é tão assustador que fiquei sinceramente com medo de alternar as configurações para tentar otimizá-la. Meus testes foram com tudo no high, sem colocar nada no very high, e alternei entre as resoluções 1440 e 4K apenas para medir a performance. As engasgadas que ele dá nos portais aconteceram com as duas resoluções.
Vale dizer também que as imagens nesta matéria estão um pouco apagadas, e isso não reflete a aparência do jogo na minha TV ou monitor. Acredito que seja alguma incompatibilidade entre o HDR do Windows e o sistema de screenshots do Steam. Na tela o jogo era lindíssimo e sinceramente parece muito pesado (o que de fato é, como você pode ver pelos requisitos de sistema).
RATCHET E CLANK EM UMA OUTRA DIMENSÃO
Eu tinha intenção de jogar a campanha inteira novamente no PC, mas resolvi esperar um pouco. Ainda tenho essa intenção, mas opto por esperar alguns patches para que eu pelo menos possa customizar os gráficos sem ficar com medo de ter que desligar o computador na força. Acredito que meu PC é capaz de rodar com algumas características no very high, mas estou com receio de ficar forçando e acabar estragando a máquina.
Dito isso, é aquilo que sempre digo quando os jogos da Playstation chegam no PC. Se você não jogou antes, prepare-se para uma experiência fenomenal. Ratchet e Clank Em Uma Outra Dimensão é, para mim, um dos jogos mais divertidos, mais bonitos e tecnicamente mais impressionantes da geração atual. Talvez – e digo isso com total consciência do superlativo – seja o jogo mais bonito já feito. E esta versão de PC, especialmente para quem tem uma super máquina, pode ficar ainda mais impressionante do que a PS5. Se for jogar neste momento, se atente às configurações recomendadas pela Sony na tabelinha acima, e evite forçar para não acabar queimando sua estação de jogos (Hein? Sacou?).
