Cacetada, fazia tempo que eu não assistia a um exemplar tão perfeito do que é a pura definição de filme nada dada por mim mesmo (e viva o egocentrismo!). O negócio se encaixa tanto na categoria que estou tendo que escrever essa resenha quase à velocidade da luz, antes que me esqueça do que acabei de assistir. E, para sua informação, o filme acabou uns dez minutos atrás. Então, sem mais delongas, passemos à sinopse antes que eu me esqueça dela também.
John (Channing Tatum, e só eu acho que isso é nome de mulher?) e Savannah (Amanda Seyfried) se conhecem na praia. Ele é um soldado de licença e ela uma estudante no tradicional spring break (mas, ironicamente, em nenhum momento ela enche a cara e paga peitinho). Rapidamente, eles vão se apaixonar e fazer tudo que um casal em romances cinematográficos faz (tipo caminhadas na praia, guerra de cócegas e outras coisas “óun”) antes que ele tenha que voltar pro quartel e ela pra faculdade.
Eles tentam manter a chama acesa à distância, se visitando sempre que possível, mas aí acontece o 11 de setembro e John é mandado para retaliar o país errado, o que pode significar um bom tempo sem que os dois se vejam. A solução? Se comunicarem através de cartas.
Não há absolutamente nenhuma novidade aqui. Tudo que acontece você já viu antes em outro filme do gênero e é capaz de adivinhar a sequência de eventos a léguas de distância. Sente só: vai ter um babaca que provoca o cara porque é a fim da mina? Vai. Em algum momento o casal vai brigar para imediatamente depois fazer as pazes de maneira ainda mais apaixonada? Com certeza! Já deu pra ter uma noção?
Continuando seu enquadramento como filme nada, tecnicamente a produção é muito competente e os atores são esforçados, mas convenhamos, de nada adianta tudo isso se a história é boba e batida, embora não chegue ao ponto de ofender sua inteligência.
Para fãs hardcore de romance (e eu definitivamente não me encaixo entre eles) até dá para assistir a Querido John sem traumas, desde que você não se incomode de esquecer tudo quase que imediatamente. Para todos os outros, é melhor procurar outra opção, pois não há nada de interessante aqui.
Curiosidade:
– O personagem Tim (o pai do moleque autista) é interpretado por Henry Thomas, mais conhecido como Elliot, o protagonista mirim de E.T. – O Extraterrestre. Puxa vida, como o tempo passa!