Quem é Morto Sempre Aparece

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Cara, a cada novo filme com o Robin Williams que eu assisto, mais difícil fica de acreditar que eu fui, um dia, fã do cara. Claro, me refiro a “filmes filmados”, já que o cara fez uma das melhores dublagens que eu já tive o prazer do conhecer no tremendão Aladdin. Também não podemos esquecer de seu trabalho de dublagem mais recente e também detonante, o divertido Robôs.

Infelizmente, quando se trata de “filmes filmados”, Robin tem mania de pegar papéis cheios de lição de moral em filmes chatíssimos tipo Anjo de Vidro. Curiosamente, embora seus filmes sempre estejam mais para dramas do que para comédias, são comumente divulgados como pertencentes ao segundo gênero. E nada mais frustrante do que sair deprimido de uma “comédia”.

Como você já deve imaginar, Quem é Morto Sempre Aparece faz parte desse time. A história é a seguinte: Robin Williams é Paul, um cara cheio de dívidas e cuja esposa (Holly Hunter) tem problemas mentais. Seu irmão, Raymond (Woody Harrelson) está desaparecido há cinco anos e tem uma apólice de seguro de (tantantaan) 1 milhão de dólares (Nota: ao digitar isso, Carlos coloca seu dedo mindinho próximo à boca e faz cara de mau) que só pode ser resgatada caso seu irmão fique desaparecido por mais dois anos, completando o cabalístico número de sete anos desaparecidos.

Paul volta cabisbaixo para casa e, ao mexer no lixo que fica em frente à sua mini-empresa, encontra um presunto. Nesse momento, uma lâmpada aparece ao lado de sua cabeça. A partir daí, o filme se desenrola em várias frontes: Paul na tentativa de receber a grana, os assassinos tentando recuperar o presunto e o carinha da empresa de seguros tentando desmascarar Paul.

Parece complicado, mas na verdade é bem simples. E chato, muito chato. E longo. Sabe aquele filme que você sai do cinema pensando que perdeu duas horas da sua vida, que poderiam ter sido melhor aproveitados caso você tivesse ficado em casa visitando sites de mulher pelada? Pois é, este é um desses filmes.

Infelizmente, eu não tive essa opção e perdi duas horas de meu disputado tempo assistindo a esse lixo. Isso sem contar os quinze minutos que passei escrevendo esse texto. Por isso, vou parando por aqui antes que cheguemos a duas horas e meia jogadas fora. Quanto a você, faça um favor para si mesmo: quando ficar sabendo de um “filme filmado” com a participação de Robin Williams, acesse a Internet no seu site de mulher pelada preferido. É bem mais barato e você tem muito mais chances de chegar a um clímax.

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Carlos Eduardo Corrales
Editor-chefe. Fundou o DELFOS em 2004 e habita mais frequentemente as seções de cinema, games e música. Trabalha com a palavra escrita e com fotografia. É o autor dos livros infantis "Pimpa e o Homem do Sono" e "O Shorts Que Queria Ser Chapéu", ambos disponíveis nas livrarias. Já teve seus artigos publicados em veículos como o Kotaku Brasil e a Mundo Estranho Games. Formado em jornalismo (PUC-SP) e publicidade (ESPM).
quem-e-morto-sempre-aparecePaís: EUA<br> Ano: 2005<br> Gênero: Drama<br>