Os Smurfs

Eu fui a essa cabine como se estivesse andando pelo corredor da morte. Na noite anterior, tive pesadelos com homenzinhos azuis saindo da minha boca e entrando pelos meus olhos. Já estava pronto para cometer suicídio assim que terminasse de escrever esta resenha. É bom ser surpreendido positivamente, para variar um pouco.

Tudo jogava contra este Smurfs. Pelo meu conhecimento, as únicas coisas que fizeram a transferência TV – Cinema de forma realmente bem sucedida foram South Park e Monty Python. Este não é um desses casos, mas é bom o suficiente para gerar risadas e divertir um pouquinho.

Nem mesmo a sinopse parece interessante. Após uma perseguição do barulho, os Smurfs e o Gargamel passam por um portal e vão parar em Nova Iorque. Lá, eles vão aprontar altas confusões.

Sinceramente, eu não sei o que aconteceu para eu ter me divertido no filme e rido bastante com as piadas. Mas tenho uma ideia. E é exatamente o que foi mostrado em Em Busca da Terra do Nunca.

Acontece que esta cabine foi num sábado, e foi aberta para toda a família. Por isso, levei comigo dois sobrinhos. E sabe como é, nada é mais mágico do que o sorriso de uma criança. =D

Ao assistir com eles ao meu lado, e vê-los se divertindo e rindo pra caramba, acabei também eu me divertindo. E quando os Smurfs cantaram a sua música tema pela primeira vez, admito que me arrepiei pelo acionamento de uma memória afetiva que eu nem me lembrava que existia.

Hank Azaria, mais conhecido como um dos dubladores de Os Simpsons, ficou bem parecido com o Gargamel do desenho, mas é difícil não ficar com a sensação de que os produtores queriam o Jim Carrey, mas não tinham dinheiro para contratá-lo. O que é curioso, se considerarmos a quantidade erótica de propaganda que popa a todo momento durante toda a projeção.

Os Smurfs foi uma excelente surpresa. Está muito longe de ser o melhor filme do ano, mas nesse caso, ser simplesmente divertido e bonitinho já foi mais do que suficiente, e muito mais do que o esperado. E eu não consigo mais tirar a musiquinha da cabeça. La-la, la-la-la-la…