Divirta-se com o nosso especial do Quarteto:
– Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado – Quem teve a idéia estúpida de transformar o Galactus em uma nuvem?
– Tremendões Doutor Destino – Ele já tem um país. O próximo passo é o mundo.
– Os Maiores Clássicos do Quarteto Fantástico Vol. 2 – Quase tão tremendão quanto o Doutor Destino.
– O Quarteto Fantástico – O filme nunca lançado – O filme secreto é analisado pelo DELFOS.
– Quarteto Fantástico – Leia a lendária única crítica positiva ao primeiro filme. Dizem que aqueles que a leram tiveram que ser internados em hospícios nerds.
Ao contrário das Tartarugas Ninja e do Homem-Aranha, o nosso querido Quarteto não tem tantos jogos próprios e nem foram campeões em diversidade de plataforma, especialmente nos velhos tempos. Para se ter uma idéia, os personagens têm apenas dois títulos exclusivos lançados até hoje (sendo que um foi baseado no primeiro filme de 2005 e o outro, em um desenho animado) e infelizmente, não são grande coisa.
Para compensar essa “falta” de games, incluí também na lista todos os jogos do Surfista Prateado, personagem que nasceu nas HQs do Quarteto Fantástico nos anos 60 e está presente com destaque no segundo filme. Com essa adição, a lista aumentou incrivelmente em um jogo.
Pois é amigão, o Quarteto Fantástico nunca representou a linha mais popular da Marvel, ao contrário do aracnídeo ou dos mutantes que você conhece bem. A queda de popularidade nos anos 80 e 90, graças a sagas estúpidas, refletiu bastante nos games lançados.
As histórias sempre foram consideradas mais infantis e os vilões, com exceção do poderoso Galactus (que no fundo é inimigo mesmo do Surfista Prateado) e do Doutor Destino, são vistos como estereótipos bobos perto de um Magneto ou Duende Verde. Lógico que o Aranha também tem seus vilões toscos (Shocker e Rhino, por exemplo), mas nada se compara a um Mestre dos Bonecos ou, pior, o perigosíssimo Toupeira (fala sério, meu!).
Bom, problemas editoriais e sagas intergalácticas a parte, vamos à lista de todos os jogos estrelados pelo Quarteto Fantástico:
Silver Surfer – Nintendo – Software Creations – 1990
A primeira vez que tive contato com o Surfista mais famoso do mundo não foi em um gibi, mas no longínquo ano de 1991 quando um amigo do prédio alugou este exemplar para Nintendinho. Até então não tinha a menor idéia de quem era o personagem (comecei a ler gibis um ano depois, mais ou menos) e sua importância.
O jogo é bacana e segue à risca a mitologia complexa criada pela Casa das Idéias e suas sagas espaciais. Jogando como o Surfista, você escolhe sua fase entre vários planetas e deve enfrentar um chefe conhecido no final, no melhor esquema Megaman. Só que a jogabilidade é exatamente igual aos famosos shooters dos anos 80/90, sendo que existem dois tipos de níveis: com scrolling horizontal (cópia de Gradius) ou vertical (igual a Star Force).
Os gráficos dos cenários são legais, mas o desenho dos personagens é simples e deixa um pouco a desejar. O jogo ainda traz interlúdios “cinematográficos” entre as fases para contar a história que obviamente exalta o eterno dilema entre ser arauto de Galactus e se opor a seu mestre.
O desafio é muito alto, chegando ao irritante, até porque quando você morre, volta ao começo da fase sem dó (argggh!) e a trilha sonora é sensacional. Apesar da dificuldade, vale conferir!
Nota: 3,5
Fantastic Four – Playstation – Acclaim – 1997
Quem esperava um jogo do Quarteto nos 8 e 16 Bits, ficou chupando o dedo. O primeiro game exclusivo só saiu em 1997 e a espera não valeu muito a pena. O que temos aqui é uma tentativa de atualização dos clássicos beat´em ups que marcaram as gerações dos 8 e 16 Bits, mas saturaram lá pela metade dos anos 90. Com exceção de Guardian Heroes de Saturn e os dois jogos da Capcom da série AD&D, não me lembro de nenhum outro exemplar da época que valha a pena e este aqui – baseado no tosco desenho lançado um tempinho antes – infelizmente não foge à regra.
Os gráficos são sem graça, a trilha sonora não empolga e a jogabilidade é travadona, deixando a ação monótona no estilo ande-bata-enfrente o chefe no final. Você pode escolher entre – obviamente – os quatro heróis do quarteto e a Mulher-Hulk (que já foi uma integrante do grupo durante alguns anos) e luta por cinco fases enfrentando inimigos conhecidos como o Toupeira e Namor até chegar ao Dr. Destino. Fraco.
Nota: 2,5
Fantastic Four – Playstation 2, X-Box, Gamecube e PC – Activision – 2005
Baseado no primeiro filme, o jogo traz diversas missões tiradas das cenas da película, bem como aventuras extras no esquema dos games baseados nos longas do Homem-Aranha.
São 10 fases, sendo que em cada uma você recebe uma missão específica principal e algumas alternativas: impeça o Coisa de quebrar a cidade, enfrente o Toupeira (nããããoooo!), salve um museu do Mestre dos Bonecos e coisas assim.
Os gráficos são bons, a trilha sonora é bacana (com músicas cantadas e temas próprios para cada personagem), mas no geral é bem enjoativo e não vale seu tempo.
Nota: 3
Marvel Nemesis: Rise of the Imperfects – GameCube, PlayStation 2, Xbox, PSP e Nintendo DS – Activision – 2005
Já comentei bastante sobre este exemplar no especial do aracnídeo, então não pretendo me alongar novamente. Entre os personagens selecionáveis para esta bomba, temos o Tocha Humana e o Coisa.
Saia na mão contra uma galeria de vilões, incluindo seu clone malvado, em uma tentativa de beat´em up moderno. Com gráficos toscos e jogabilidade fraquinha, este é um dos maiores desperdícios de franquia da história.
Nota: 2
Marvel: Ultimate Alliance – PC, Gamecube, Playstation 2, X-Box 360, Wii, PSP e DS – Activision – 2006
Outro que já ganhou até resenha própria aqui no DELFOS.
O Doutor Destino é o grande inimigo do jogo e você pode escolher um grupo de até quatro personagens para lutar contra inimigos no estilo Hack´n´Slash. Formações clássicas (como os quatro personagens do Quarteto no mesmo time), dão poderes especiais para o grupo.
Pretensioso demais e cumpre menos do que promete. Bons gráficos e sons, mas história bobinha e vários bugs. Um detalhe importante: o Surfista Prateado é um dos personagens secretos e jogáveis.
Nota: 3
Fantastic 4: Rise Of The Silver Surfer – PC, Playstation 2, Playstation 3, X-Box, X-Box 360, Wii, Gameboy Advance, Gamecube, PSP e DS – Activision – 2006
Com o lançamento (e a expectativa) do novo filme, o surgimento de um jogo era algo absolutamente natural. O grande problema nestes casos é a pressa dos programadores em acabar logo a produção para que coincida com o lançamento do longa nos cinemas.
O resultado você já imagina: muitas vezes a parte técnica é ótima, mas jogabilidade que é bom, necas. Isso acontece porque os caras não testam o suficiente, exatamente como aconteceu com o jogo de Homem-Aranha 3, que deixou muita gente babando no trailer, mas quando você ia jogar, tsc, tsc.
Enfim, pelas fotos, o meu raciocínio está correto: parte técnica bacana, mas depende da jogabilidade para ver se o exemplar presta ou não. Vamos torcer para que seja legal!
Sem Nota
Apesar dos pouquíssimos jogos disponíveis do Quarteto, personagens do grupo fazem aparições especiais (como NPCs) em outros games de personagens da Marvel, como o Homem-Aranha (afinal, hipoteticamente o aracnídeo e o quarteto de heróis moram na mesma cidade) como Ultimate Spider-Man e Spider-Man: The Animated Series para Mega e Super Nes.