Dona Morte está se superando. Como reportou o Estadão, Millôr Fernandes morreu noite passada em sua casa no Rio de Janeiro, vítima de falência múltipla de órgãos.
Nascido no Rio de Janeiro em 23 de agosto de 1923, foi chamado de Milton, mas a caligrafia em sua certidão de nascimento fazia o “T” parecer um “L” e o “N” um “R”, fazendo-o então adotar o nome de Millôr. É até difícil definir o cara: foi escritor, jornalista, cartunista, poeta, dramaturgo, roteirista e humorista, entre muitos outros títulos para os quais ele não ligava muito.
Publicou mais de 50 livros, indo de crônicas, contos e fábulas a poesias e peças de teatro; foi um dos criadores do jornal Pif-Paf e colaborador d’O Pasquim – tornando-se pioneiro da imprensa alternativa no Brasil; foi premiado na Exposição Internacional do Museu da Caricatura em Buenos Aires; é considerado o maior tradutor de Shakespeare no Brasil… Enfim, teve destaque em basicamente todas as muitas funções que exerceu.
O velório acontecerá amanhã no Cemitério Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro. Millôr tinha 87 anos.