J.J. Abrams – O homem que conquistou as estrelas

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“Nos encontramos em um momento de guerra entre os nerds. As naves espaciais dos fãs rebeldes, atacando de uma base oculta (o computador), conseguiram sua primeira vitória contra o malvado império da Disney: a volta de Star Wars sem Jar Jar Binks George Lucas!

Durante a batalha, os espiões rebeldes conseguiram se apoderar dos planos secretos da arma total e definitiva do império, J. J. Abrams, um diretor espacial conhecido, que leva em si potencial para destruir um planeta inteiro. Ou uma franquia. Ou duas.

Perseguido pelos sinistros agentes do império, Princesa Príncipe Frodrigues está voltando ao Oráculo a bordo de sua nave espacial trazendo consigo todas as informações sobre este diretor, que pode salvar seu povo, e devolver a liberdade para a galáxia…”

J. J. ABRAMS: O DIRETOR DAS FRANQUIAS ESPACIAIS

Jota Jota Abrams foi anunciado como diretor do novo longa da franquia Star Wars. Se você está ligado nos acontecimentos do mundo nerd, certamente já ouviu o nome dele muitas vezes, afinal, ele foi responsável por Lost, Missão: Impossível III e até mesmo pelo novo longa de outra franquia espacial que recomeçou há pouco: Star Trek.

Muitas pessoas elogiaram a decisão da Disney em colocá-lo à frente deste projeto, enquanto muitas outras torceram o nariz e fizeram pipi na foto do Mickey. Eu até entendo os fãs de Star Wars que não ficaram satisfeitos, pois a última lembrança de alguém com dois jotas no nome que se envolveu com a saga não é muito agradável. Mas será que o cara realmente tem cojones para assumir mais esta franquia espacial? Primeiro, é preciso dar uma olhada no currículo do cara.

A LONG TIME AGO

Jeffrey Jacob Abrams é natural de nova Iorque. Nascido em 1966, Jota Jota é filho de dois produtores de televisão, e apesar de nascer na terra do Homem-Aranha, o rapaz cresceu em Los Angeles, cercado pelo glamour de Hollywood.

Sua carreira começou cedo, aos 16 anos, quando ele escreveu a trilha sonora do filme Night Beast, de 1982. Sim, Jota Jota, ao que parece, é um músico de mão cheia, pois também escreveu músicas para suas próprias séries e para o filme da franquia Missão: Impossível que dirigiu.

Aos 24 anos, o jovem talento trabalhou no seu primeiro longa como produtor, no filme Taking Care of Business, de 1990, estrelado por James Belushi, que aqui no Brasil foi batizado de Milionário Num Instante (estranho uma comédia desta época não ganhar um “da pesada” nem um “do baruho”).

Mas foi em 1998 que a carreira de Abrams começou a dar passos largos em direção à conquista da galáxia. Neste ano, dois importantes projetos dele se concretizaram, um no cinema e outro na televisão: o filme Armageddon, onde foi um dos roteiristas, e a série Felicity, criada por ele.

Em 2001, tendo fundado ao lado de parceiros a produtora Bad Robot, Abrams fez dois de seus grandes sucessos para a TV: Alias e Lost. Mas parece que mesmo com seus projetos televisivos deslanchando, Jota Jota estava mesmo destinado a ser um ícone nerd. Isto porque, em 2002, ele escreveu um roteiro para um novo filme do Superman que seria feito. O longa acabou não saindo do papel e o roteiro continua engavetado em alguma sala grande e cheia de avestruzes de um diretor de Hollywood, mas quem pôs a mão nesta belezinha diz que o roteiro é muito bom.

Em 2006, finalmente o seu primeiro grande projeto no cinema ganha vida: Missão: Impossível III foi muito bem nas bilheterias e fez com que Abrams finalmente se firmasse como uma promessa de grande diretor em Hollywood.

Em 2008, foi o produtor de Cloverfield, um filme de monstro, mostrando mais uma vez seu pé no universo nerd, afinal, nós adoramos monstros, ruivas, dragões, bacon e sanduíche de presunto, não é mesmo? E em 2009, ele atravessou a fronteira final da nerdice: assumiu Star Trek, dando vida ao novo filme de uma das franquias espaciais mais importantes de todos os tempos.

Em 2011, firmou uma parceria que pode tê-lo colocado em Star Wars: Super 8. Este filme pode não ter sido nenhum marco nerd, mas foi produzido por ninguém menos que Steven Spielberg, diretor renomado e muito amigo de George Lucas, desde a parceria em Indiana Jones. Spielberg pode ter sido o homem dos bastidores que disse: “vamos lá, George, deixa o menino fazer Star Wars. Eu já falei que é Jeffrey Jacobs, não Jar Jar”.

INDO AONDE NENHUM DIRETOR JAMAIS ESTEVE

Apesar de todo este currículo, o cara realmente está preparado para este desafio? Analisando os dois últimos filmes dele podemos ter uma ideia de como ele vai se sair.

Primeiro, Star Trek. J. J. conseguiu fazer o que muitos acreditavam impossível: renovar a franquia e torná-la aceita pelos fãs antigos e novos da série, criando um universo paralelo ao original e mantendo, portanto, intactas as aventuras tão amadas pelos trekkers de carteirinha.

Com a ajuda de Leonard Nimoy, o antigo Spock, Abrams mostrou que é um diretor que respeita os fãs antigos, mas sem deixar de colocar sua assinatura pessoal em seus trabalhos, fazendo com que o filme conquistasse um público novo e, até então, muitas vezes desconhecedor da franquia estelar rival de Star Wars.

Ele conseguiu dar a Star Trek, que muitos viam como uma série chata e monótona, um tom mais moderno e colocar as cenas de ação que um bom blockbuster precisa. Afinal, a ação nunca foi o forte de Star Trek, não é?

Já tendo Super 8 como base, podemos lembrar o quanto o diretor é capaz de fazer um filme de aventura ao estilo anos 80, com bastante diversão e “aventuras do barulho”, sem perder também suas características e sua qualidade. É claro que com a mão de Spielberg, especialista em aventuras, tudo ficou mais fácil.

Super 8 pode ter seus furos e suas mancadas, mas conseguiu como poucos recriar o clima dos filmes da época que emula, onde as aventuras pareciam mais inocentes e onde os ETs só queriam ir pra casa sem machucar ninguém, no máximo só comendo uns gatos.

J.J. ABRAMS DIRETOR BOM É?

Penso que poucos homens em Hollywood estariam mais preparados para o cargo do que Jota Jota. Além do currículo e da identificação com o público nerd, o diretor já mostrou que tem capacidade de levar grandes franquias adiante, respeitando seus fãs e trazendo novos elementos.

Vale lembrar também que Star Wars nunca foi um filme cabeça, super elaborado e com discussões filosóficas. Estou a par de toda a “jornada do herói” envolvida nas histórias, da amizade de Lucas com Joseph Campbell, um dos maiores mitólogos que o mundo já viu, mas, acima de tudo, a história de Luke sempre foi uma grande aventura para todas as idades. A maioria das pessoas não está preocupada em discutir se o Yoda falar errado é uma crítica social à falta de comunicação no século XX. Eles só querem ver lasers voando e sabres de luz cortando coisas.

O filme sempre foi, portanto, um marco da aventura e da diversão, com seu humor e até mesmo elementos infantis. Ou você não gostaria de ter um bichinho de pelúcia de um Ewok para ficar no pé da sua cama? Pensar nestes elementos torna até a compra pela Disney algo natural, visto que são filmes bem família, apesar de ser uma família bem perturbada onde irmãos se beijam, o pai arranca o braço do filho, etc. Mas acontece nas melhores famílias. Ou nas piores. Bom, pelo menos na família Skywalker acontece.

Para mim, a escolha foi mais que acertada, e estou ansioso para ver o que Abrams fará com mais esta franquia. Antes disso, não esqueça que o segundo filme da franquia Star Trek sai este ano no cinema. Vale lembrar que no primeiro Star Trek, J. J. Abrams colocou um pequeno easter egg: a aparição em várias cenas do R2-D2. Você confere uma destas aparições na nossa galeria. Será que era um presságio? Será que teremos novos easter eggs no segundo filme e, talvez, a aparição de algum membro da Frota Estelar no filme de Star Wars? Será que Spock vai jogar xadrez com Chewbacca algum dia? Só o tempo dirá.

E você, o que achou da escolha de Jota Jota? Gostaria de ver outro nome na cadeira de diretor do longa? Não se esqueça de deixar a sua opinião nos comentários.

MOMENTO MAIS TREMENDÃO: A escolha para ser o diretor de Star Trek e Star Wars com certeza figura como marco máximo da carreira do diretor, que está agora à frente das duas franquias estelares mais importantes do universo nerd.

MOMENTO MENOS TREMENDÃO: O final de Lost. A série que tinha tudo para estar como o momento mais tremendão da carreira de Jota Jota, tendo vencido diversos prêmios e sendo apontada como uma das melhores séries de todos os tempos, acabou decepcionando todo mundo no seu final.

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