O delfonauta dedicado sabe que eu não sou exatamente um campeão dos games de luta. Gosto de jogá-los casualmente, mas nunca me aprofundo muito. E um dos motivos é justamente quão difícil é decorar tantos golpes e personagens. Isso exige uma dedicação que eu não tenho mais desde a adolescência. Pois entra Granblue Fantasy Versus Rising, um jogo de luta da sempre ótima Arc System Works, que me deixou jogar “direito” em poucos minutos. Sensacional.

GRANBLUE FANTASY VERSUS RISING

Granblue Fantasy Versus Rising, Arc System Works, Luta, Delfos

Isso se deve a controles bem diferentes do que estou acostumado com Mortal KombatStreet Fighter. Há quatro botões de ataque que determinam a força, não se são socos ou chutes. Mas o mais especial são, veja só, os especiais. Estes são ativados de forma bem simples, com R1 mais um direcional. Sinceramente, uma das minhas grandes broncas com jogos de luta sempre foi a quantidade de comandos. A meu ver, deveria haver quatro comandos que ativam um golpe especial em todos os lutadores. Granblue Fantasy Versus Rising vai além disso. Afinal, é muito mais fácil apertar R1 e uma direção do que fazer meia lua e soco.

Isso significa que aprender o básico de cada lutador é simples. Basicamente, é dar cada um dos comandos e ver o que ele faz. E isso não substitui a profundidade. Afinal, para realmente ficar tremendão, você precisa conhecer combos, movimentação, cancelamento. O que Granblue Fantasy Versus Rising faz, genialmente, é tirar a barreira inicial, sem ignorar a especialização.

LUTA BOA, MAS JOGO COM MENOS SUSTÂNCIA

Granblue Fantasy Versus Rising, Arc System Works, Luta, Delfos
Dá para lutar contra vários inimigos no modo história.

O prato principal, como costuma ser no gênero, é composto de um sanduíche do arcade com partidas online. O online ainda não foi ativado no período de pré-lançamento em que joguei, mas o arcade é realmente muito bom, simplesmente porque a jogabilidade e o visual são fantásticos.

O que não é tão legal é que não há muito além disso. Ou melhor, há, mas não é tão legal. Tem um modo história que até arrisca algumas inovações, como ter capítulos em que você luta contra vários inimigos ao mesmo tempo, ou até com um parceiro controlado pelo computador contra um chefão.

O MODO HISTÓRIA DE GRANBLUE FANTASY VERSUS RISING

Granblue Fantasy Versus Rising, Arc System Works, Luta, Delfos
Eu e um parceiro contra um chefe grandão.

O problema é que o modo história é uma sequência de quests curtinhos com um monte de textos ilustrados por imagens quase estáticas dos personagens que estão na cena. É algo que deixa entediado bem rápido, muito abaixo do que tivemos, por exemplo, em Mortal Kombat 1.

Então para alguém como eu, mais interessado em uma campanha, não há muito o que fazer. Eu joguei o modo arcade algumas vezes até o fim, mas logo já estava querendo jogar outra coisa. Isso também acontece com os grandes jogos de luta, mas nos casos dos grandões de 2023 (Mortal Kombat 1 e Street Fighter 6), ambos tinham campanhas single player mais elaboradas.

Granblue Fantasy Versus Rising, Arc System Works, Luta, Delfos

Dito isso, embora não seja um game que eu vou jogar por dezenas de horas, eu gostei muito do que está aqui. É um jogo lindo e com uma jogabilidade bem gostosa e fácil de aprender. Eu consigo imaginar o Corrales adolescente investindo muito tempo aqui. Mas o Corrales adulto prefere uma aventura mais narrativa.