E finalmente a terceira e última das bandas que começam com G que recebemos para resenhar (só para lembrar, antes foi o God Dethroned e o Gaza). Cambada, este é o Goatwhore (referência à personagem-monstro Shub-Niggurath dos Mitos de Cthulhu do H. P. Lovecraft?), uma banda estadunidense, e o disco se chama A Haunting Curse. O delfonauta certamente está se perguntando se guardei o melhor ou o pior para o final, e para responder isso eu tenho que saber: o delfonauta gosta de Death Metal? Logou no DELFOS? Então responda lá no espaço para comentários. Respondeu? Ok, aqui vai o resto da resenha e a resposta no final!
A primeira faixa, Wear The Scars Of Testimony, abre com blastbeats. Esse é um jeito e tanto de começar ganhando pontos comigo. O último minuto da música é uma porradaria linda de se ouvir. A violência gratuita e bem-vinda continua nos quarenta minutos de duração do disco, seja nas mais diretas, como My Eyes Are The Spears Of Chaos, ou nas mais variadas, como Alchemy Of The Black Sun Cult, até o ótimo encerramento com a minha música favorita no disco, I Avenge Myself.
O vocalista Henri Sammy Duet canta como um canário do Inferno, acompanhando bem os riffs de britadeira. O baixo não está lá muito audível, mas com boa vontade dá até para perceber que ele existe.
Alguns momentos chegam até a lembrar Morbid Angel como, por exemplo, nas faixas In The Narrow Confines Of Defilement e Forever Consumed Oblivion (aliás, nomes legais de músicas). Provavelmente porque o baterista Zack Simmons segue a boa e velha escola do Pete Sandoval do Morbid. Visto que esse negócio de música pesada modernosa sempre é chato, isso é uma ótima notícia. Também é uma ótima notícia que as músicas não sejam repetitivas, coisa que costuma acontecer com discos de Death.
Sério, para quem gosta de Death Metal (como eu), o disco não tem nenhuma faixa chata. Até porque todo bom disco de Death funciona como um conjunto. Quero ver algum fã de Death ficar parado enquanto rola Silence Marked By The Breaking Of Bone, por exemplo. É só colocar no som e bater a cabeça. Como o gênero é bem específico para quem é fã mesmo, recomendo com cautela, mas, para quem gosta, acho que esse é o melhor disco das três bandas com G. Pelo menos foi o meu favorito.