Ghost Rider – O Game

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O filme do Motoqueiro Fantasma veio acompanhado de um jogo, assim como muitos outros filmes. E, assim como outros jogos baseados em filmes, ele não chega nem perto de divertido.

A história do jogo acontece após a do filme. Mephisto força Blaze a lutar contra o seu filho Coração Negro (BlackHeart) e seus capangas, que querem adiar o Apocalipse e acabar com o equilíbrio que Mephisto tem com o céu. Se Blaze não aceitar a proposta, sua namorada será arrastada para o inferno e possuída por Mephisto. E lógico que ele aceita.

É impossível não perceber a semelhança com God Of War, pois a mecânica do jogo é a mesma. Mesmos botões, ataques muito similares. Alem disso, o sistema de ranking de batalha é o mesmo usado em Devil May Cry.

Com características semelhantes a dois grandes jogos, imaginamos que Ghost Rider seja a soma dos dois e se torne um grande sucesso, mas ainda não foi dessa vez. O primeiro jogo estrelado pelo Motoqueiro Fantasma desaponta profundamente.

Imagino quantas vez eu possa usar “ruim” em um texto antes que se torne redundante. Os gráficos são fracos e os cenários são igualmente horríveis, mas isso não é o pior do jogo. Não, longe disso. Durante o decorrer do jogo tudo o que você enfrenta são ninjas, palhaços e demônios. Ocasionalmente, aparece algum inimigo elemental para que você roube a sua alma. Com todos os super-vilões legais da Marvel, foi só isso que eles conseguiram para inimigos. No começo, são até divertidinhos, mas se acostume com eles, pois você ainda os verá muito. E quando eu digo muito, eu quero dizer MUITO.

Mesmo depois disso tudo, você pode pensar: “Ah, pelo menos eu vou poder andar naquela moto maneira! VRUM!” Sinto muitíssimo, mas pilotar a moto é uma proeza, pois os controles são desgastantes. Na moto você irá passar por terrenos com grandes buracos e obstáculos pendurados. Os inimigos aparecem em um tipo de moto com propulsão alterada ou simplesmente surgem no meio da pista. Eles não são nada desafiadores e depois de um tempo essas fases ficam entediantes.

As únicas coisas boas do jogo são alguns sons e os extras. Os sons da corrente e da explosão da escopeta que ele carrega nas costas são muito bons. Mas você pode simplesmente colocar no mudo e continuar o sofrimento, pois eles não acrescentam nada à jogabilidade. Quanto aos extras, ao longo do jogo, você coleta almas e poderá desbloquear páginas das HQs do personagem, artes e alguns filminhos dos designers.

A não ser que você seja um fã incondicional do cabeça-de-fósforo o jogo é totalmente dispensável. Aliás, finja que ele nem existe. O filme é tudo o que você deve ver, não desperdice o seu dinheiro aqui.

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Nota
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Carlos Eduardo Corrales
Editor-chefe. Fundou o DELFOS em 2004 e habita mais frequentemente as seções de cinema, games e música. Trabalha com a palavra escrita e com fotografia. Já teve seus artigos publicados em veículos como o Kotaku Brasil e a Mundo Estranho Games. Formado em jornalismo (PUC-SP) e publicidade (ESPM).
ghost-rider-o-gameAno: 2007<br> Gênero: Ação<br> Plataforma: PS2, PSP e GBA.<br> Fabricante: 2K Games<br> Versao: PS2<br> Distribuidor: Climax Studios<br>