Depois do fofusco Fundo do Mar 3D, a turminha do barulho do Imax traz um novo filme exclusivo para seu caríssimo, grande e mal planejado cinema.
O filme em questão, Estação Espacial 3D, tem uma proposta muito legal. Trata-se de um documentário mostrando o dia a dia de astronautas em missão numa estação espacial. E é em 3D.
Por mais que a gente saiba como vivem os astronautas e até já tenha visto isso na ficção, é muito mais mágico ver filmagens reais. Deve ser extremamente divertido estar em um ambiente com gravidade zero. Coisas absurdas acontecem, como os caras usarem uma ferramenta e depois encostam ela numa parede onde ela fica guardada (deve ser magnetizada).
O uso da água, em especial, me surpreendeu deveras. Para beber, os caboclos pegam um jatinho que solta bolinhas de água no ar e depois abocanham as bolinhas. É bisonho, mas deve ser muito divertido.
O momento mais hell, yeah, contudo, veio no lançamento de um foguete. A narração (originalmente a cargo de Tom Cruise) diz que você não quer estar perto quando isso acontecer. Imediatamente, um barulho ensurdecedor começa a soar. A sala treme e fogo e fumaça voam em sua direção com um efeito 3D assustador. É demais! Só essa cena já vale o ingresso!
O lado ruim novamente bate na falha de programação da turminha do Imax. Trata-se de um filme não-digital de 2002, e por isso a ação do tempo é visível a todo momento, pois a imagem está cheia de pontinhos pretos e demais machucados que chegam realmente a incomodar em uma tela tão grande. Quem pagou caro pelo ingresso a esta sala premium merecia algo cristalino e tinindo, não ter uma experiência de imagem que se assemelha a um Grindhouse não proposital.
Apesar disso, Estação Espacial 3D é um filme legalzudo, que há de encantar todos aqueles que queriam ser astronautas quando eram crianças e, especialmente, aqueles que ainda querem.
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