Encontros ao Acaso

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É comum as pessoas irem ao cinema atraídas por um nome famoso na direção ou no elenco. Nesse caso, não é tanto um nome famoso, mas talvez um nome cult, pelo menos entre os nerds, pois a diretora e roteirista deste filme é Joey Lauren Adams, que a gente conhece principalmente por ter sido a protagonista de um dos melhores filmes de amor da história. Por ela ter no currículo alguns filmes com muito sentimento, eu realmente imaginava que seu debut no roteiro e direção renderia algo na mesma linha. Eu estava errado, pois Encontros ao Acaso é um filme deveras chato e monótono.

A impressão de que nada acontece em seus longos 96 minutos é grande. Para você ter uma idéia, eu nem sei bem o que colocar nessa sinopse. É basicamente um pedaço da vida da protagonista Lucille (Ashley Judd), sem necessariamente ter um começo ou um fim. Nesse pedaço, ela conhece um cara e tal, mas é tudo tão insosso que, mesmo a sessão tendo acabado há poucas horas, eu já esqueci se eles ficam juntos no final.

Isso tudo é piorado pelo fato da protagonista ser um personagem completamente sem carisma. A mina é daquelas que faz uma cena se o cara pedir pra ela pegar algo (como se as mulheres também não pedissem coisas para os homens) ou que, ao encontrar um casal brigando, automaticamente toma o partido da mulher contra o pobre carinha, manja? Todos nós já conhecemos mulheres assim – e é fato: os homens odeiam mulheres assim. Logo, por que gastaríamos nossos preciosos minutos assistindo à história de uma delas?

Além da Joey na direção e no roteiro, outra curiosidade desse filme é a presença de Laura Prepon, a Donna de That 70’s Show. Eu só não entendo porque uma ruiva pintaria o cabelo de amarelo – afinal, bacon é melhor que sorvete (essa é daquelas piadas que ninguém vai entender).

Encontros ao Acaso não é bom como sorvete e muito menos como bacon. E eu prefiro me lembrar da Joey como a Alyssa Jones do que como a diretora dessa chatice.