Sucesso. Sim, meu amigo, amiga, ou intermediário. Essa é a palavra que melhor descreve o 2º Encontro Aberto Super-Mega-Tremendão Entre Delfianos e Delfonautas, o popular EASMETREDD. Ou simplesmente Encontro Delfiano 2009, para facilitar minha vida. Tivemos um recorde incontestável de público, fomos agraciados pela primeira vez com a presença feminina (provando que nerdas não são apenas mais uma lenda urbana), jogamos, comemos, rimos e falamos um monte de besteiras.
Em suma, nos divertimos a valer. Se você perdeu, bem, só posso dizer shame on you e vá ouvir pagode para se penitenciar (sim, Homero, estou falando especialmente com você!). Mas antes leia nosso chiquérrimo relatório para saber o que perdeu e morrer de inveja dos felizardos que compareceram e podem aqui relembrar os bons momentos. Vamos lá!
PARTE 1: UMA TURMA DA PESADA
Sábado, 1º de agosto de 2009 D.C. Chego ao Shopping Eldorado pouco antes do horário combinado com o Corrales, 14h30. Ele chega alguns minutos depois, pois foi estacionar o carro fora do shopping, já que é muquirana demais para pagar estacionamento. Damos um rolêzinho e constatamos que o boliche do local, onde fomos no ano anterior, de fato fechou. Depois nos dirigimos para o ponto de encontro combinado com o público, em frente ao Cinemark, de onde o Ditador Supremo foi expulso uma vez por um capanga contratado (na realidade, uma mocinha de um metro e meio de altura e 40 quilos).
Enquanto colocamos o papo em dia e esperamos o pessoal chegar, recebo uma mensagem de João Paulo Rezek dizendo que fora sequestrado por um sujeito vestido de backyardigan. Sim, Torquemada mais uma vez entrou em ação para tentar prejudicar o encontro. Quanto ao Rezek? Não tive mais notícias dele desde então, mas arrisco dizer que a essa altura ele deve estar novamente em algum lugar ermo da Eslováquia na companhia de milionários sádicos.
Logo depois chegam os primeiros delfonautas, o casal Juliano e Carol, respectivamente o Punisher e a Carol Rammstein dos comentários. Eles entraram no clima da promoção e nos abordaram com um “você é um deles” e bomba de fumaça imaginária no chão. Começava aí a ampla distribuição de high fives do dia, pois praticamente todo mundo que chegou depois nos abordou da mesma maneira. E a Carol, por ser a primeira delfonauta mulher fêmea do sexo feminino a chegar, ganhou também uma sexy foto autografada do Alfredo, que não pôde comparecer, pois ficou protegendo a Base Delfiana Secreta de um possível ataque do Torquemada, o qual se limitou mesmo ao rapto do pobre Rezek. Como ninguém se importa com o Rezek, podemos dizer que nada de ruim aconteceu.
A seguir, as fileiras foram aumentando com as chegadas de Elaine (a Naneulsan, que também ganhou uma foto autografada do Sr. De la Mancha), Leandro (o Ledzippn), Marcel Casarini (o fotógrafo oficial do Alfredo) e sua namorada Elena, o trio Alexandre, Renée e Mariana (carinhosamente apelidados pelo Corrales de organismo de três cabeças por estarem sempre juntos), e, por fim, mas não menos importante, Ricardo e Victor (vulgo Ricardo de Oliveira e VYCamilo), os delfonautas trues que compareceram ao encontro do ano passado. No entanto, sofremos outra baixa. Luigi Medori, o mais true de todos os delfonautas e mascote não oficial do DELFOS, o único a ir a todos os eventos organizados por nós até então, não apareceu. Esperamos que ele se manifeste e mande notícias nos comentários, pois chegamos a temer pelo pior.
Pois bem, com o povo reunido (no total, estávamos em 13 pessoas. Eu sei, matemática é difícil mesmo) passamos para a sessão de fotografias, seja para ilustrar essa singela matéria, ou simplesmente para guardar de recordação. Perdemos o senso do ridículo e fizemos as mais variadas poses. Fizemos cara de mau, imitamos a pose que o Corrales fazia em todas as fotos (e depois ele me confidenciou que ficou magoado e até agora insiste que só fez aquilo uma vez) e as poses de batalha dos Power Rangers. Nesta, o Marcel cuidou pessoalmente da coreografia e surpreendeu a todos com o fato de que se lembra muito bem de como eram as poses dos personagens.
Fotografias tiradas e tempo de espera encerrado, decidimos começar a programação. Era hora de colocar a pintura de guerra, entortar a boca e massacrar o próximo sem compaixão com as armas do Laser Shots.
PARTE 2: ALTAS CONFUSÕES
E aí, para variar, começaram os problemas. Ao chegarmos ao Laser Shots (para quem não sabe, um paintball com armas laser, ou ainda: uma versão mais “profissa” de Zillion, quem é que lembra disso?) tivemos uma desagradável surpresa: era preciso marcar horário. Ou seja, lá se foi nosso plano. Foi decidido que novamente recorreríamos ao boliche, mas como o do shopping havia fechado, teríamos que ir a algum outro lugar. Problema: de todos os endereços que pegamos na sempre prestativa Internet, nem eu nem o Corrales sabíamos chegar a nenhum deles. Por sorte, o Marcel e a Elena sabiam chegar ao da Lapa e agiriam como nossos guias no traslado.
Teríamos que novamente nos deslocar, mas como desta vez estávamos com quatro carros, deu para transportar todo mundo com conforto. Decidimos sair do shopping ao estilo fila do jardim da infância. Só faltaram as mãos dadas e a bandeirinha estilo Tia Augusta. No caminho, paradas para banheiro, sacar dinheiro e pagar estacionamento. Pegamos os carros e zarpamos.
No caminho, como é de praxe, eu me perdi (sim, isso acontece com uma frequência absurda). Por alguma razão que até hoje não entendi, após andarmos um bocado, todos pararam numa loja Kalunga (!). Perguntei ao Corrales o que estava havendo e ele me disse que o boliche era para lá. Saímos todos novamente e fui para lá. Depois de andar mais uma cacetada e não conseguir mais localizar nenhum dos carros, pedi um socorro pelo celular e fui informado de que passei reto, o boliche era do lado oposto da Kalunga e eu tinha seguido pela avenida ao invés de contornar. Ou seja, fui num “para lá” quando devia ter ido no outro “para lá”. D’Oh! Após a Elena me explicar o caminho, fiz um retorno e achei a bagaça, onde fui recebido por muitos acenos, para não ter o perigo de passar reto novamente. Estacionei a caranga e adentramos.
PARTE 3: ESSES LOUCOS REIS DO BOLICHE
Por sorte, o boliche estava bem vazio quando chegamos. Pegamos duas pistas, colocamos aqueles sapatos bonitinhos, mas pouco higiênicos e nos dividimos em duas equipes usando o consagrado método do “dois ou um”. Jogamos, rimos e torcemos. Graças ao meu treinamento contínuo no Wii Sports, mais uma vez realizei uma boa performance, com uma boa média de pontos e alguns strikes e spares. Também passamos a nos provocar usando o dedo em riste e a cara de mau na melhor tradição do macaco malvado de Family Guy (por sinal, o melhor desenho animado do universo).
O primeiro jogo se encerrou e a minha equipe venceu a do Corrales por meros cem pontos de diferença. E aí o Marcel e a Elena resolveram que não queriam mais brincar e vazaram. Detalhe: só eles sabiam como voltar à civilização. Ilhados, resolvemos começar um novo jogo divididos em novas equipes. Dessa vez, o time do Corrales venceu e o sujeito fez um strike e um spare na mesma jogada (a última, pois um strike nessa lhe dá o direito de jogar de novo), o que o deixou altamente orgulhoso, a ponto de dividir o fato com todos os presentes, um a um. Parece que isso estava em sua lista de coisas a fazer antes dos 30 anos. Parabéns pelo objetivo alcançado, compadre! Só posso dizer que a minha lista envolve um barril, as cataratas e uma galera com capas de chuva amarelas…
Com o segundo jogo encerrado, estávamos cansados (bolas de boliche são desnecessariamente pesadas) e o lugar havia lotado, tinha até fila de espera. Resolvemos encerrar a conta, passar a régua e ir comer em algum lugar. Houve um pequeno debate a respeito de onde degustaríamos a janta. Eu e o Victor fizemos uma pressãozinha pelo Outback ao lado do Shopping Ibirapuera, afinal, ambos moramos na região e de lá para nossas casas seria um pulo e o povo acabou concordando. Só restava então um problema de ordem prática: como chegar lá.
PARTE 4: UMA LANCHONETE DO BARULHO
Se você bem se lembra, o Marcel e a Elena, os únicos que sabiam o caminho de volta, há muito já haviam nos deixado. O Juliano então perguntou as direções a um nativo da região e se dispôs a liderar a nova carreata. Desta vez eu não me perdi, mas em certo momento (lá pelo segundo quarteirão) o Corrales sumiu e só voltou a aparecer já no restaurante. O que aconteceu com ele e seus passageiros ainda permanece em mistério.
Após parar o carro lá na casa do chapéu (porque pagar valet pra eles estacionarem seu carro na rua não rola), chego ao restaurante e constato que todos os outros deram mais sorte com vagas e estavam me esperando há dezenas de minutos. E descubro que não mais faríamos o repasto no Outback, pois havia uma espera de duas horas e a Elaine e o Victor estavam varados de fome. Alguém sugeriu o Fifties, o mesmo do encontro do ano passado. Fechamos lá, mas o organismo de três cabeças, por alguma razão que não me lembro (memória de velho é fogo) teve de ir embora.
Após mais essa debandada, o Corrales levou o Juliano e a Carol para estacionar perto do seu carro e eu conduzi o resto do povo a pé até o restaurante que, diferente do de costume, tinha uma pequena espera. Mas foi coisa de 20 minutos e já nos sentamos. Aí, dá-lhe bacon e fritas para todo lado. Dentre os pontos altos ocorridos no restaurante, me lembro de que o Juliano apresentou sua teoria (depois testada e comprovada pelo Victor) de que se você pedir um “refrigerante de limão” (ao invés de uma Sprite ou 7-Up), dá um tilt no garçom, pois ele não consegue processar a informação. Também me lembro que falamos um tempão sobre emos (o Corrales queria entender racionalmente o motivo de tanto ódio), e aparentemente a quantidade de homens que recusam ménages (e estou falando dos bons, com duas mulheres) é maior do que parece, segundo a turminha feminina presente no evento.
E para completar, um dos pontos altos da noite e um conselho para ser seguido por toda a vida: nunca, jamais, especialmente se você for mulher, durma de boca aberta. Eu realmente espero não ter de explicar o porquê, afinal, este ainda é um site família. Vou dizer apenas que sim, é exatamente pelo motivo que você está pensando. E, de acordo com todos os caras presentes, isso é a coisa mais natural que pode acontecer quando alguém dorme de boca aberta. Nem preciso dizer que virou uma das piadas recorrentes da noite.
Ah, sim, o Victor também começou uma longa série de perdidos telefônicos numa ruiva (sim, ele continua extremamente seletivo ao escolher suas mulheres) privilegiando o Encontro Delfiano. Isso é que é moral, hein!
Depois que o restaurante esvaziou e o garçom exerceu pressão psicológica para irmos embora, decidimos continuar a noite em outro lugar. Contudo, o Juliano e a Carol não poderiam ficar, pois teriam de acordar cedo na manhã seguinte e se mandaram.
PARTE 5: UMA NOITE ALUCINANTE
Ficamos então eu, o Corrales, a Elaine, o Victor, o Ricardo e o Leandro. O Corrales queria ir a um bar, mas naquele horário, duas da matina, todos os da região já estavam fechados. Sugeri um café/lanchonete 24 horas também lá perto e todos toparam. O Corrales fez a gentileza de me levar até meu carro lá onde Judas perdeu as sandálias e, no caminho, o Victor explicou sua teoria de que toda vez que uma conversa dá lugar a um momento de silêncio, alguém é assassinado por uma serra elétrica em algum lugar. Filosofia é divertido!
Depois de darmos uma volta maior que o necessário graças às maravilhosas ruas de São Paulo que nunca vão aonde a gente quer, peguei meu carro e conduzi o Corrales até o café. O lugar estava às moscas. Sentamos, tomamos umas bebidas não alcoólicas e continuamos a conversar, pois decidimos ficar até o sol raiar. Bebemos, comemos, tiramos fotos e alguns pescaram.
O Leandro demonstrou sua incrível técnica de dormir com os olhos abertos e por isso nos assustávamos quando ele começava a falar do nada. A Elaine provou ter colhões (no sentido figurado) e dormiu na frente de cinco homens. Infelizmente, ela não o fez de boca aberta.
Eu utilizei a expressão “sujeito coxinha” e ninguém me entendeu. Na hora não consegui explicar o que significa, mas ao redigir esse texto, me veio um bom exemplo ilustrativo. Um cara “coxinha” é um que recusa um ménage do tipo bom, por exemplo. Não importa quantos motivos ele dê, no fundo, ele recusou porque é coxinha.
A nota triste vai para o namoro do Ricardo, que fez como o Victor e deu um perdido, mas ao invés de uma pretendente, o fez com sua namorada. Assim, o sujeito recebeu várias ligações nervosas durante toda a madrugada. Se ao menos falasse que estava cercado de nerds, não pegaria nada. Todo mundo sabe que pegação não é nossa especialidade.
Finalmente o sol nasceu, mas ainda ficamos um bom tempo no café bodeando, até criarmos coragem para sair e enfrentar a claridade. Do lado de fora, nos despedimos, fizemos juras de amizade eterna, trocamos os últimos high fives e cada um seguiu para um lado.
Eu fui para casa. Cheguei umas nove horas e fui ler um gibi, quando passei a experimentar umas alucinações sonoras bem legais devido à privação de sono, seguidas por umas visuais muito interessantes que… Bem, isso é uma outra história, então deixa para outro dia.
O que importa é que, como disse lá no começo, o encontro foi um sucesso. O Corrales, que andava decepcionado, se animou a organizar o próximo EASMETREDD e quem perdeu deve estar se chutando até agora. Evil monkey pra vocês! Posto isso, fico por aqui, e espero ver todos no próximo. Até lá.
Nota do Corrales: Quando disse aqui que esse seria o último encontro, não foi só para animar as pessoas a ir. Realmente, essa era a intenção e até conversei sobre isso com o Cyrino antes do pessoal chegar. Porém, nenhum de nós esperava que tanta gente fosse. E muito menos que fosse tanta gente legal. Sério, pessoal, foi muito tremendão conhecer e rever todos vocês e espero que nos reencontremos muitas outras vezes. Nos vemos em breve! ^^