É com muita emoção no coração que venho lhe dar esta notícia, caro delfonauta.
Em entrevista ao Comics Reporter, o tremendão Ed Brubaker revela que se aposentará dos roteiros de Capitão América, após quase oito anos à frente da revista. De acordo com o roteirista, ele quer se focar em projetos pessoais.
Brubaker está escrevendo seu último arco para o título em parceria com o roteirista Cullen Bunn, que assumirá o título após a saída de Ed. Após as quatro edições deste arco, Brubaker ainda escreverá sozinho uma última edição, fechando sua era com chave de ouro.
Os anos de Brubaker à frente de Capitão América foram marcados pelo retorno de Bucky (o ajudante adolescente do Capitão) como o assassino soviético Soldado Invernal. Eventualmente, o Sentinela da Liberdade ajuda Bucky a se lembrar de quem realmente é. Após os eventos vistos no arco A Morte do Capitão América, Bucky assume o manto de Capitão América. Quando Steve Rogers volta de sua aparente morte, ele insiste que Bucky mantenha o manto, devido ao seu excelente trabalho.
Atualmente, nos Estados Unidos, Rogers voltou a vestir a bandeira e Bucky voltou a assumir a identidade de Soldado Invernal. Ele até ganhou um título próprio, que ainda está sob a tutela de Brubaker. Sobre este título, ele disse:
“Eu escreverei Soldado Invernal enquanto durar… ou até enquanto eu puder. Porque eu não sei se o título durará muito tempo, mas eu estou muito orgulhoso dele e o segundo e o terceiro arcos estão entre meus preferidos de todas as coisas que eu já escrevi para a Marvel”.
Tudo que começa deve ter um fim e tenho certeza que o final da era Brubaker terá um final tão glorioso quanto seu começo, e que sua fase será lembrada por muitas décadas, tendo seu nome ao lado de lendários roteiristas como Chris Claremont, Jack Kirby e tantos outros.
Para encerrar, deixo as palavras do delfonauta Menon, que é um grande amigo meu e acompanhou comigo todas as reviravoltas dessa excelente era. “O roteiro de Ed Brubaker é tão sensacional que tivemos nove meses da revista Capitão América sem o personagem Capitão América e ainda assim a trama continuava excelente. O sentimento que o roteiro me passava era de que alguém que eu conhecesse realmente tivesse morrido”.