Acontece essa semana (16 a 22 de abril) em Recife a 10ª edição do Festival do Audiovisual de Pernambuco, carinhosamente apelidado de Cine PE e considerado por muitos como o festival mais caloroso do cinema brasileiro.
Na verdade, a programação começou desde o dia três, com uma festa de lançamento fechada para convidados. De cinco a sete de abril, houve a Mostra Retrospectiva, que exibiu vários curtas e longas, entre eles o famoso Central do Brasil, de Walter Salles. Depois, nos dias 11 e 12, era a vez da Mostra Itinerante, que exibiu no primeiro dia o curta Rapsódia para um Homem Comum e o longa Baile Perfumado. No segundo dia, o formato um curta e depois um longa foi repetido, dessa vez com os filmes Dramática e Do Luto a Luta, respectivamente.
No dia 16, o festival começa de vez. A partir daí, a programação varia entre filmes (incluindo curtas e longas), shows, entrevistas, homenagens, sessões de autógrafos e até mesmo oficinas, seminários e palestras. Até uma mostra infantil está programada para o dia 19.
Nem sempre o Cine PE foi tão variado. No início, como entrega seu apelido, era um festival apenas de cinema. Conforme foi crescendo, a variedade também aumentou e hoje tem um cardápio bem completo, com mais opções abrangendo todas as linguagens audiovisuais.
Claro que o prato principal ainda é o cinema e seus filmes mais concorridos chegam a ser exibidos para platéias de mais de 3000 pessoas, dez vezes mais do que a capacidade máxima de uma sala comum em São Paulo. Esse grande público afasta muitos diretores que temem a possibilidade de “queimarem” todo o seu público de Recife em uma só tacada.
Para alívio da direção do festival, nem todos os cineastas têm esse receio e o evento sempre tem uma boa seleção de filmes. A desse ano conta com os Hours Concours Boleiros 2, de Ugo Georgetti, que encabeça a programação do primeiro dia e Achados e Perdidos, de José Joffily, que encerra as festividades.
As mostras competitivas também contam com alguns nomes fortes. Entre eles, Árido Movie, de Lírio Ferreira, Meninas, de Sandra Werneck e a animação Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock’n Roll, de Otto Guerra, todos competindo como melhor longa-metragem.
Para comemorar os 10 anos do evento, um livro sobre Cine PE será lançado. Quando o Caso é de Cinema, a Paixão é um Festival conta histórias interessantes, tensas e divertidas que aconteceram desde sua primeira edição. Mais informações sobre a história e a programação do Festival do Audiovisual de Pernambuco podem ser encontradas no endereço www.cine-pe.com.br.