Delfos no Meus Prêmios Nick (30/9/2007)

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Meu estrito senso de ética jornalística me faz começar esse texto com uma admissão: quando recebi o convite para o Meus Prêmios Nick, imediatamente deduzi que se tratava de um daqueles eventos de premiação na linha do VMB. Não era isso. Na verdade, é mais um evento para que os pais levem seus filhotes para brincar, onde o anúncio das premiações é só mais uma desculpa para a diversão dos pequenos. Como não faz muito sentido ficar narrando como foi algo que vai passar na TV (a partir de 8 de outubro, no Nick, é claro), vou contar como foi estar lá naquele velho estilo exclusivamente delfiano que os delfonautas já conhecem.

Chegamos ao Espaço das Américas pouco antes das 15 horas, horário previsto para o início das festividades. Fomos acompanhados até a sala de imprensa, onde tinha comidinhas, bebidinhas e coisas do tipo. No caminho, vimos algumas TVs de plasma com PS2 ligados onde o pessoal podia fazer filas para jogar coisas como Guitar Hero II e Bob Esponja.

Sem muito para fazer na sala de imprensa, afinal, tínhamos acabado de almoçar, saímos para passear no local. Logo, as portas se abriram e o lugar foi invadido por milhares de infantes correndo e fazendo filas nos muitos estandes de brincadeirinhas.

Enquanto isso, na Liga da Justiça… uhn, quer dizer, na sala de imprensa, dois caras que para mim eram ilustres desconhecidos estavam posando para fotos. Na dúvida, disse para a Cinthia – que no dia estava assumindo as vezes de fotógrafa – capturar a imagem dos fulanos. Depois descobri que se tratavam de Fito e Tavo, do programa Skimo, que tinham vindo do México especialmente para esse evento.

No palco, o show começava. A abertura ficou a cargo da turma do programa Nickers, que logo chamaram um tal de Capitão Laranja que comandaria as brincadeiras. A primeira delas foi um divertido concurso de Air Guitar. Depois teriam outras competições, como sessões de perguntas (onde vários deles não sabiam soletrar xícara) ou para continuar uma música que era interrompida no meio. Aliás, de música parecia que essa galerinha entendia, pois eles não sabiam soletrar xícara, mas sabiam continuar todas elas. Além dos joguinhos, também subiram ao palco uns grupos de Street Dance e um carinha perito no beatbox, que “tocou” até White Stripes, acompanhado pelos ô-ô-ôs da galera.

Corte para a sala de imprensa, cuja porta, que ficava próxima à entrada dos camarins, estava sempre inundada por fãs mais fanáticos dispostos a tudo para um autógrafo de seus ídolos. E quem diria, um desses ídolos que deu as caras por lá também é um ídolo meu, o próprio Mauricio de Sousa! A Cinthia pediu para que ele posasse para uma foto e, quem diria, o sujeito praticamente intimou a garota a ser fotografada com ele. Sobrou para mim apertar o gatilho da máquina e, logo em seguida, aproveitei a oportunidade para pedir para ele mandar uma mensagem para o público do DELFOS. E ele mandou!

Duvida? Então clique aqui e baixe o vídeo. A imagem está meio escura e a voz dele está ofuscada pelo barulho da criançada e da música alta que não parou de tocar um minuto, mas ainda assim dá para ver e ouvir bem a mensagem: “Um abraço para a turma do DELFOS, um bom trabalho e continuem agradando a turma, tá? Tchau!”. Fala sério, alguns se contentam com autógrafos e fotos, mas eu tenho um vídeo exclusivíssimo do cara especialmente para os leitores do meu site! Diz aí se isso não é deveras tremendão! Pô, aposto que o Bruno vai ter orgasmos quando vir isso. ,)

Pouco depois, os Nickers voltam ao palco para começar a premiação propriamente dita. Não acho que é muito interessante ficar narrando aqui quem ganhou o quê, mas entre os vencedores, tivemos o próprio Mauricio de Sousa, o NX Zero, a Fergie e a Wanessa Camargo.

Assim que todos os prêmios foram entregues, era hora do show e o primeiro deles foi do CPM 22. Obviamente, não sou nenhum expert no som dos caras e não seria nem justo com eles se fizesse aqui a mesma análise exigente que faço dos shows de Metal que cubro. Aliás, admito que até curti o que eles mostraram lá. O instrumental é até bem legal, meu problema era na hora que o vocal entrava, já que achei as melodias muito piegas.

Piegas ou não, a criançada presente agia como quem estivesse no show mais pesado da história. Era extremamente engraçado ver menininhas de seis anos pulando, fazendo chifrinhos com a mão e batendo cabeça. Muito provavelmente era o primeiro show da maioria delas e isso é legal. Como já diria o Washington Olivetto, o primeiro sutiã, quer dizer, o primeiro show a gente nunca esquece. O meu foi da Rita Lee e, mesmo não conhecendo a fundo as músicas da tia, eu me diverti pra caramba e lembro dele com mais detalhes do que do show do Therion que assisti há poucos dias.

Provavelmente as crianças presentes que venham a desenvolver essa relação que tenho com a música lembrem com o mesmo carinho do show do CPM22 e acho que isso deve ser muito legal até mesmo para a banda. Afinal de contas, não é sempre que se tem a oportunidade de tocar para uma platéia de pequerruchos.

Após uns 15 minutos de show, os caras saem do palco e são entrevistados pela loirinha do Nickers (hum… loirinha do Nickers) no backstage. Um pequeno intervalo e a Wanessa Camargo (hum… Wanessa Camargo) sobe ao palco para mais 15 minutos de show. Para a Cinthia (hum… Cinthia), passei a missão de tentar fotografar o Camargo da Wanessa, mas ela se recusou dizendo que isso seria um trabalho de homem. Ah, essas mulheres…

Talvez seja pela minha predileção pelo Rock, mas esse foi o show mais fraco da noite e eu nem me animei a sair da sala de imprensa para assisti-lo ao vivo, já que tudo que acontecia no palco era transmitido lá em uma TV. Aliás, um dos poucos problemas sérios do dia estavam justamente na sala de imprensa. O convite feito aos jornalistas se estendia também às suas famílias, ou seja, aos seus pequenos. Até aí, tudo bem, mas os pequenos não deveriam ter acesso à sala de imprensa, já que lá era um local para trabalho. O resultado era um monte de crianças correndo por ali, esbarrando em você quando estava fazendo anotações e coisas do tipo. Em alguns momentos, eu tinha impressão que tinha mais crianças lá dentro do que do lado de fora, o que, por si só, já é um absurdo.

Reclamações à parte, o show da filha do Zezé di Camargo e Luciano já tinha acabado e era chegada a vez do NXZero. Admito que nunca tinha ouvido essa banda e para mim essa era a mais desconhecida agendada no evento e, por isso, achei que fossem ser os primeiros a tocar. Eu estava errado, pois a pivetada parecia gostar MUITO deles! E pudera, até eu que nunca tinha ouvido nada fui laçado pela simpatia e presença de palco dos caras. Sem falar que achei o show realmente muito legal e, ao contrário do CPM22, as melodias vocais aqui não me incomodam e pareciam algo mais próximo a um Millencolin, por exemplo.

Pelo jeito, os caras são tão queridos pela molecadinha porque a música tema da série Skimo é deles. E quando a banda tocou essa música, então… vixe! O negócio foi mais ou menos igual à lendária performance de Rob Halford no Rock In Rio 3, ou seja, a platéia cantou tudo – e mais alto que o vocalista. Foi bem legal, principalmente porque um monte de crianças cantando ao mesmo tempo é bem bonitinho. ,)

O show do NXZero foi o mais longo e teve até bis com direito a uma reprise da música tema supracitada. Claro, por longo, não pense que se estendeu por algumas horas, já que durou apenas 25 minutos, mas foram 25 minutos bem divertidos. E, se já foram divertidos para mim, imagino como deve ter sido legal para as crianças.

E assim acabava o Meus Prêmios Nick 2007. Para mim, foi uma cobertura bem diferente do que eu estou acostumado. Para as crianças presentes, contudo, deve ter sido um dia bem divertido – e que muitas delas vão se lembrar para sempre.

Downloads:

– Confira aqui a mensagem do Mauricio de Sousa para os delfonautas.