Por mais humilhante que seja admitir, Dead Space me deu alguns sustos, principalmente o segundo. Esperava que o três assustasse mais, e ainda estou esperando. Dessa vez, Issac vai às origens do Marker tentar acabar com a loucura da Unitology, a religião baseada nos poderes do artefato alienígena.
O jogo começa e se desenvolve extremamente bem. No inicio já notamos a principal diferença para quem jogou toda a franquia: as munições. Agora, os cartuchos de munições podem ser usados em todas as armas. Isso facilita muito a jogabilidade e diversão. Além disso, é possível modificar as armas, criando combinações e deixando ainda mais divertido matar e destroçar monstros e pessoas. Sim, pessoas. Agora Issac Clarke é perseguido pelos fanáticos religiosos da Unitology, os membros do Inner Circle.
Outra notável mudança na jogabilidade é o autosave. Isso seria muito bom, se ele realmente salvasse onde mostra. Várias vezes fui obrigado a jogar a mesma parte mais de uma vez simplesmente porque desliguei o jogo após um autosave.
Agora Dead Space também pode ser jogado em co-op, com segundo jogador assumindo o personagem John Carver. Toda a campanha pode ser jogada neste modo, mas algumas partes ficam inacessíveis caso você prefira a abordagem solitária. Além do co-op, temos missões opcionais. Elas não acrescentam muito à história principal, mas são muito úteis porque geram muitos itens.
Como sempre, o personagem principal da história é Issac Clarke. Como de costume, ele está com algum problema amoroso. Issac vai para Tau Volantis, a fonte dos Markers. Lá ele encontra o grupo de Ellie Langford, sua ex. Juntos descobrem restos de uma raça alienígena que possivelmente foram os criadores de toda essa tecnologia.
Seu objetivo é muito simples, destruir os Markers e a Unitology em suas origens. O problema é que o Inner Circle está lá para tentar impedir Issac de cumprir sua missão. Como se isso já não fosse suficiente, os Necromorphs também querem Clarke morto. Claro, não só ele, mas qualquer humano. Em algumas partes do jogo, é até possível deixar os membros do Inner Circle e os Necromorph se matarem, antes de entrar no combate.
A história é fantástica. Consegue explicar tudo que propõe sem ser óbvia e traz várias surpresas ao longo dos capítulos. Não fica só no Issac correndo dos necromorphs e tentando salvar uma mulher. Os quebra-cabeças que aparecem pelo jogo não exigem muito tempo para serem resolvidos, o que deixa o jogo mais dinâmico.
A dificuldade do jogo é desbalanceada. Algumas partes são tão difíceis e outras tão fáceis, que parece que o jogador alterou a dificuldade. Mas o clássico também está presente. O nosso amado necromorph invencível nos visita novamente em Dead Space 3, mas de certa forma isso já era até esperado.
Dead Space perdeu muito do charme por não mudar ou melhorar seus sustos. É tão óbvio quando algo vai tentar te assustar que acaba não assustando. Mas a essência do jogo se manteve. Quebra-cabeças, necromorphs e alucinações, tudo isso se manteve.
Dead Space 3 é um jogo que merece ser jogado, principalmente se você gostou dos outros jogos da franquia. Os problemas podem ser desprezados, e por muitos nem serão notados. Ele mostrará coisas que você nunca imaginaria a respeito dos Markers. Só não esqueça de assistir à cena pós-créditos, senão perderá um elemento muito importante da história.
QUER MAIS DEAD SPACE?
– Dead Space: o jogo mais assustador da série.
– Dead Space 2: mais ação, menos sustos.