Saudações, meus excelentes amigos! É com enorme prazer que retomo as coberturas delfianas de filmes lançados no cinema. Eu não ia ao cinema e não escrevia sobre o assunto desde Bloodshot. E fico realmente muito feliz de voltar a produzir para esta seção tão querida do DELFOS com uma crítica Bill & Ted: Encare a Música, personagens que eu adoro desde a infância.
CONFISSÃO
Embora eu tenha acabado de assistir a Encare a Música no cinema, eu já o tinha assistido antes. Quando ele saiu na gringa, e os cinemas aqui ainda estavam fechados, eu simplesmente não consegui esperar, sem ter sequer notícias se ele iria ou não estrear aqui. Reservei uma passagem para a Argentina e assisti. Agora, no entanto, vi como ele foi planejado para ser visto, na tela grande, com distanciamento social e usando máscara o tempo todo.
Eu gosto muito de Bill & Ted. Assisti ao segundo filme no cinema, com meu pai, quando ainda era um mini-Corrales. Depois acabei vendo o primeiro na Sessão da Tarde. E até hoje já assisti aos dois muitas vezes. Caramba, eu gosto tanto deles que dei até um jeito de assistir à série animada – que, curiosidade, é dublada pelos próprios Keanu Reeves e Alex Winter.
Pois 29 anos depois, meus excelentes colegas voltam ao cinema. Eles estão bem mais velhos, mas sua missão é a mesma: escrever a música que vai unir o mundo.
CRÍTICA BILL & TED: ENCARE A MÚSICA
Quase três décadas depois do seu triunfante show no Grand Canyon, os Wyld Stallyns estão no fundo do poço. Eles ainda não conseguiram compôr a canção que estão destinados a criar, mas continuam tentando. Afinal, o mundo precisa dela.
Porém, a coisa vai ficar mais urgente. Isso porque os excelentíssimos líderes do futuro chamam os heróis para avisar que o universo está se desfazendo, e a destruição será completa. A não ser, claro, que eles componham a tal lendária música nos próximos 77 minutos.
E daí você me pergunta: “Corrales, meu excelente ditador, como uma música pode não só unir o mundo, como também salvar o universo?” E eu respondo: “Ora, esse é o poder do rock and roll, meu excelente amigo!”.
Com o poder da viagem no tempo ao seu lado, eles resolvem seguir o único caminho viável. Ir para o futuro encontrar suas contrapartes que já compuseram a música, e “pegar emprestado”. Obviamente, a coisa não vai ser tão simples.
BILLIE E THEA
Paralelamente, as filhas dos dois, Billie e Thea, resolvem ajudar seus gentis progenitores. Afinal, uma música excelente precisa de uma banda excelente. Então elas vão para o passado recrutar os maiores músicos da história. Falo de nomes como Jimi Hendrix, Mozart e, claro… Kid Cudi… ?!?
E as meninas também são excelentes personagens. Billie, a filha de Ted, em especial, atua exatamente da mesma forma que o Bill atuou nos filmes antigos, o que deixa tudo ainda mais engraçado. E os pais continuam tão legais quanto sempre foram. Eu adoro quão bonzinhos eles são, o quanto amam um ao outro e quão devotados são a suas esposas – que, você deve lembrar, são princesas medievais.
Assim, a aventura segue em dois caminhos envolvendo viagem no tempo, eventualmente interseccionando em uma breve passagem pelo Inferno. Se você já assistiu aos longas de 1989 e 1991, sabe que isso é praticamente um greatest hits desses filmes. Convenhamos, com uma continuação tão tardia quanto esta, focada na nostalgia de personagens que nem são assim tão mainstream, não poderia ser de outra forma.
ENCARE A MÚSICA!
O mais importante é que o filme diverte. E muito. Ele é engraçado, bonitinho, leve. Tudo que um bom Sessão da Tarde deve ser. E ainda tem um tempero rock and roll que o deixa ainda mais delicioso.
Bill & Ted: Encare a Música é, assim como seus predecessores, um daqueles filminhos que faz você sair do cinema mais leve, mais otimista. E isso é algo essencial nos tempos negros em que vivemos. E eu não consigo pensar em um longa melhor para reviver a minha querida seção de cinema, há tanto tempo dormente. Seja excelente com os outros, meu excelente amigo!
CURIOSIDADE:
Bill & Ted: Encare a Música foi escrito por Chris Mateson e Ed Solomon. Eles criaram os personagens e escreveram os três filmes.