Apesar do genérico título nacional, A Rebelião prometia. O diretor, Rupert Wyatt, é o mesmo do excelentão Planeta dos Macacos: A Origem (curiosidade: esta resenha foi uma das campeãs de comentários no Velho DELFOS). Além disso, ele promete uma abordagem diferente para um assunto já bastante explorado no cinema hollywoodiano: invasão alienígena.
A Rebelião começa onde a maioria dos filmes do gênero termina. A Terra foi invadida. Os ETs venceram a guerra. Nós nos rendemos. Aí acompanhamos um pequeno grupo de “terroristas” que visa livrar a humanidade de seus novos mestres enquanto, do outro lado, vemos a polícia e outros funcionários do governo dominado atrás da resistência para manter o status quo. Mas acredite, o resultado final é bem menos legal do que parece.
A REBELIÃO
A princípio, a coisa lembra o bacanudo Distrito 9, com a diferença de que aqui a invasão deu certo. Pros ETs, é claro. Porém, a condução da coisa logo diferencia os dois filmes, e Rebelião leva a pior nesta comparação. Enquanto em Distrito 9 vemos os ETs desde o início e eles são personagens importantes no filme, aqui eles são vilões semelhantes ao Sauron. Ou seja, são sempre citados, mas praticamente não aparecem.
Some a isso uma narrativa bem mais complexa do que a história pedia (com um excesso de personagens desnecessários) e uma condução lenta e, para ser sincero, um tanto chata. O resultado final fica muito aquém do que deveria.
E é uma pena, pois eu realmente gosto da sua proposta. E o filme até tem seus momentos. Em especial, as poucas cenas em que os ETs aparecem são todas muito boas, ainda que escuras demais – provavelmente para diminuir o orçamento de efeitos especiais.
A do ônibus, por exemplo, que apresenta os “caçadores”, se destaca como um momento tenso e emocionante, que mostra o potencial que a ideia apresentava. Infelizmente, este potencial nunca chega a ser realizado.
Não dá para fugir. A Rebelião é um filme tão nada quanto seu título nacional promete. É um daqueles casos em que tenta ser mais com menos, mas o menos acaba sendo muito pouco.