O delfonauta típico deve estar bem ansioso para este filme. Afinal de contas, são raros os casos em que o cinema costuma abordar ao mesmo tempo vikings e dragões em um cenário abençoado pelo Vento Preto.
O protagonista deste filme é Soluço, e ele tem um problema. Todo o resto da sua tribo (inclusive as mulheres) é 3X4, mas ele é pequeno e magro. Obviamente, todos os outros o consideram um mariquinha poser e constantemente o convidam a deixar o hall, deixando o pobre garoto tristonho.
Sua aldeia vive sendo atacada por dragões e, para provar que ele é abençoado por Odin, o guri tenta matar e acaba capturando um terrível dragão. O problema é que ele é de fato um mariquinha poser e não consegue finalizar o serviço. Logo, se afeiçoa ao bichinho alado e, enquanto a amizade dos dois se desenvolve, ele acaba descobrindo formas não violentas de domar um dragão, muitas vezes fazendo-os parecer um inocente e fofo cachorrinho.
Embora inegavelmente true, essa história não é tão engraçada quanto parece. Além disso, é exatamente aquela mesma fórmula velha conhecida de qualquer um que goste de animações, o que tira qualquer aspecto de ineditismo.
O visual, porém, é bem legal. O visual dos dragões é, no geral, muito engraçado e quando eles realmente agem como cachorrinhos (colocando a língua para fora e tudo), arrancam ainda mais risadas. Infelizmente, o 3D é praticamente inexistente e não faz a menor diferença.
Desde que assisti a História Sem Fim, um dos grandes sonhos da minha vida é voar montado num dragão. Este filme tem belíssimas cenas assim e é justamente isso que o separou de um filme nada e possibilitou que ganhasse uma nota maior.
Este é um desenho divertido, que vale o ingresso. Porém, não traz nada que Coração de Dragão não tenha feito antes – e melhor.