Acho que eu já falei por aqui, mas não custa repetir. A única coisa mais assustadora do que uma menininha é uma menininha cantando. Felizmente, esse filme não vai a esse ponto. Ou infelizmente, porque nada é pior do que um terror que não dá medo.
Renée Zellweger e suas bochechas formam um trio de assistentes sociais cujo mais recente caso – veja só, o de número 39 – consiste em uma garota que é aparentemente maltratada pelos seus progenitores. Logo, ela descobre que eles têm o péssimo, porém engraçado, hábito de colocar a moleca no forno. Ela vai até a casa com um policial e consegue prender os pais. Mas como o filme está apenas começando, logo a Srta. Zellweger descobrirá que a mina, como diria o Iced Earth, é “Pure Evil”. Pior foi o Word, que acentuou automaticamente a palavra pure, tornando-a purê e deixando o sentido engraçado de forma não intencional.
A partir daí, o filme é exatamente igual a esse aqui. Só que pior. Isso porque ele acaba seguindo por um caminho sobrenatural. Nada contra isso, ideologicamente falando, mas a parte sobrenatural demora muito para entrar na história e, por causa disso, parece uma ideia de última hora, talvez para diferenciá-lo da obra supralinkada. Assim, acaba só contribuindo ainda mais para o humor não intencional do negócio todo.
E humor não intencional é o que não falta aqui. Já começa pela cara de mau do pai da menina, passa pelo fato de que a forma mais viável que eles pensam de matá-la é colocando-a no forno e continua assim em muitas outras cenas. Ah, e a parte sobrenatural não é sequer explicada. É simplesmente algo que… aconteceu.
Normalmente o mais difícil em escrever um texto é começar, mas sinceramente não sei como concluir essa resenha. Então termino fazendo uma pergunta: você não está seriamente considerando assistir isso aqui, está?