Captain America: Super Soldier

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É inegável o sucesso que a Marvel vem tendo com suas adaptações para a telona. Capitão América: O primeiro Vingador foi um excelente filme, que conseguiu capturar toda a essência do bandeiroso, sem ser clichê ou excessivamente patriótico. Como de costume, um filme de herói sempre acompanha a sua contraparte eletrônica jogável. E, como de costume, a resenha do game sai atrasada aqui no DELFOS. =D

E, também, como de costume, os jogadores normalmente ficam com um pé atrás com esses jogos, pois a longa história de adaptações mal sucedidas se mostrou uma maldição.

Mas da mesma maneira que X-Men Origins Wolverine mostrou uma divertida forma de usar nosso herói canadense preferido, dando destaque a suas habilidades, o jogo do Capitão me surpreendeu de forma positiva, com sua jogabilidade bem elaborada (e copiada, mas já chego nisso) e uma história que complementa o enredo da película.

ENREDO, AVANTE!

Como eu disse, em vez de apenas esticar o enredo do longa (como é de costume nos nas adaptações de games), os escritores do jogo utilizaram uma saída criativa para mover a história.

Quem assistiu ao longa (o que eu recomendo que seja feito antes de jogar isso aqui), deve se recordar de uma rápida montagem muito legal, onde é mostrado o Capitão e seus soldados invadindo várias bases da [HYDRA. A história do game nada mais é do que um destes ataques mostrado em detalhes, como se fosse algo que realmente aconteceu durante o longa, mas que passou batido. No jogo, teremos a chance de ver, por exemplo, a primeira luta entre Barão Zemo e o Capitão.

Apesar de simples, o enredo funciona bem, fazendo uma espécie de link entre o início e o fim do longa. Os gráficos ficaram bonitos de forma geral, principalmente dos personagens e vilões principais, o que aqui acuso como uma falha, pois os desenvolvedores parecem ter se esquecido de dar o mesmo polimento ao restante.

As animações também são legais, em especial os movimentos acrobáticos do Capitão. Não há nada mais legal do que dar um “olé” em um inimigo e, em seguida, chutar-lhe a bunda pelas costas.

Chris Evans retoma seu papel na dublagem do Capitão, mas com um pouco menos de qualidade e emoção do que se pode ver em sua interpretação no longa.

O elo fraco da parte técnica eu deixo para a fraca trilha sonora, que não possui nada de muito marcante. É uma parte que passa batido para a maioria dos gamers, mas se vou jogar uma campanha de 10 horas, que ela seja acompanhada de músicas agradáveis e que realcem a aventura.

As versões para Xbox 360 e Playstation 3 possuem um modo de visualização 3D estereoscópico para quem possui TVs HDTV 3D.

JOGABILIDADE: PRIMEIRO VINGADOR OU CAVALEIRO DAS TREVAS?

Quem conferiu os vídeos que foram sendo liberados antes do lançamento do longa, devem ter percebido a semelhança dos golpes do Capitão com os vistos no jogo Batman: Arkham Asylum e, mais recentemente, Arkham City. Teve quem chiou, mas na minha sincera opinião, se vai copiar algo, que copie algo que foi bem feito anteriormente. Nesse caso, a jogabilidade se adaptou de forma ideal aos movimentos do Capitão, dando destreza e equilíbrio a seus goles, sendo de longe a parte mais divertida do jogo. Acredite, você não vai enjoar de chutar a bunda dos comandados do Caveira Vermelha, pois o Capitão possui um belo acervo de goles, sequências e esquivas.

O escudo merece um parágrafo exclusivo, pois é muito divertido você arremessá-lo e fazer um strike em vários inimigos em sequência. Ou apenas partindo pra cima e o jogando de modo aleatório e raivoso se for sua preferência.

Voltando às habilidades acrobatas do Capitão, em alguns momentos o jogo oferece alguns desafios onde se deve pendurar em objetos do cenário, utilizando movimentos ginastas para seguir em frente. Tudo muito intuitivo e fácil.

Fácil, aliás é a palavra para definir esse jogo, pois acredito que a grande maioria dos jogadores não terá dificuldades para chegar ao final. Uma maneira, creio eu, que o estúdio arrumou de incluir mais pessoas na diversão, afinal quem não gosta de super-heróis? =)

O jogo também oferece um sistema de upgrades para compra de golpes e melhorias em geral, o que dá o sempre bem vindo gostinho de give more power nesses casos.

No geral, o jogo é bastante linear, e raramente você se sentirá perdido. Apenas os vários colecionáveis ficarão fora do caminho mais óbvio, o que deve entreter os caçadores de Achievements/Trophies de plantão. Eu, por exemplo, não dou muito bola para os mesmos.

VALE A PENA, TIO?

Captain America: Super Soldier vem para reforçar a fraca biblioteca de jogos dos heróis Marvel e eu realmente o recomendo se você for um Marvete de plantão ou mesmo um fã de games divertidos de ação corpo-a-corpo e Beat’em Ups. Com um melhor polimento dos gráficos e um capricho maior na trilha sonora, a experiência teria ficado ainda mais tremendona.

E eu sempre digo que os heróis são muito importantes na vida de todo bom nerd, e já estava mais do que na hora de as desenvolvedoras terem o mesmo carinho em suas versões para videogame.

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Nota
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Carlos Eduardo Corrales
Editor-chefe. Fundou o DELFOS em 2004 e habita mais frequentemente as seções de cinema, games e música. Trabalha com a palavra escrita e com fotografia. É o autor dos livros infantis "Pimpa e o Homem do Sono" e "O Shorts Que Queria Ser Chapéu", ambos disponíveis nas livrarias. Já teve seus artigos publicados em veículos como o Kotaku Brasil e a Mundo Estranho Games. Formado em jornalismo (PUC-SP) e publicidade (ESPM).
captain-america-super-soldierAno: 2011<br> Gênero: Ação em terceira pessoa<br> Plataforma: PS3, Xbox 360, Nintendo DS, Wii, Nintendo 3DS<br> Fabricante: Next Level Games<br> Versao: Xbox 360<br> Distribuidor: Sega<br>