O que dizer de um CD (ou no caso, dois CDs) que você deixa tocando o dia inteiro durante alguns dias e mesmo assim não tem o que dizer sobre ele? Pois é, bom sinal não pode ser, certo?
Pois é exatamente isso que vem acontecendo nos últimos dias. Eu deixo estes dois singles tocando o tempo todo e, mesmo assim, não me lembro de quase nada do que tem nele. Quando alguma música me chama a atenção, crau, é uma cover. Ou quase isso.
Cada um dos discos tem duas covers. O primeiro tem Lay All Your Love on Me, do Abba, música que ja foi extensamente coverizada por um montão de bandas de Metal, entre elas o Helloween. Portanto, nenhuma novidade. A outra é Ride The Sky, do Lucifer’s Friend. Contudo, ao colocarmos a dita-cuja para tocar, o que ouvimos é um plágio de Immigrant Song do Led Zeppelin. Mas hein? Depois a música muda, mas ainda assim, essa “referência” é bem estranha, ainda mais em uma música com esse nome, que remete diretamente a Helloween. A curiosidade é que ela é cantada pelo Eric Singer.
A segunda parte conta com Dancing With Tears in My Eyes, do Ultravox. Essa já foi gravada pelo Freedom Call, mas pelo menos é uma composição bem bonitinha, que vale a pena ser ouvida. A outra cover do segundo é In My Defense, do Freddie Mercury.
Tem também uma instrumental curtinha chamada Return to Avantasia que nada mais é do que uma das instrumentais curtinhas do primeiro Avantasia, que foi regravada aqui. O segundo disco termina também com uma versão acústica de Lost in Space, que ficou até melhor que a original (que está presente nos dois álbuns).
Nada tenho a dizer sobre o restante das faixas, pois nenhuma delas realmente me marcou. Nem mesmo a participação do tremendaço Michael Kiske e do Jorn Lande na mesma música (Promised Land) acaba não chamando mais a atenção do que um reles “olha, é o Kiske”. A escassez de faixas próprias também não ajuda muito.
No momento que escrevo este texto, ainda não tive oportunidade de conferir o álbum completo do novo Avantasia (claro, como isso foi escrito em maio de 2008, desde então, já pude ouvi-lo bastante), mas a julgar pelos EPs, não fico com muita vontade de fazê-lo. Aliás, considerando que a resenha supralinkada também não é positiva, sobra apenas um triste lamento pela decisão de Totó Sammet ter resolvido ressuscitar o projeto. Os dois primeiros álbuns eram tão legais que era melhor deixar o nome Avantasia imaculado.