Badass é a palavra que melhor define nosso amigo Jason Statham. Aqui, ele é um “mecânico”, ou seja, um cara que conserta problemas. Assassinando pessoas. Mediante pagamento. Rolo vai, película vem, ele se vê ensinando um aprendiz. Afinal, quem sabe, faz. Quem sabe pra caramba, ensina. Ou não é assim que nos ensina o ditado popular?
Isso foi algo que me agradou. Normalmente esse tipo de filme mostra um assassino fazendo um trabalho genérico, daí ele recebe o trabalho que vai mudar a vida dele, rola uma traição e ele decide abandonar a vida do crime.
Aqui não, acompanhamos o sujeito e seu comparsa em um número plural de missões (aquela cuja vítima é gay é deveras emocionante), mas infelizmente ele acaba seguindo o previsível caminho de “traição/vingança”. E no final, até parece que vai ousar, fazendo algo diferente, mas não. É óbvio, como o resto, além de ser algo fora de personagem.
Além disso, Assassino a Preço Fixo é daqueles filmes com Jasão Estadão que se levam a sério. Dessa forma, não espere as explosivas patacoadas e humor exagerado de um Adrenalina ou Carga Explosiva. Na verdade, nem espere explosões, pois aqui temos apenas uma. Eu nem sabia que dava para fazer um longa-metragem com menos de sete explosões. As cenas de ação, embora sérias e não exageradas, são legais e empolgantes.
O que temos aqui, portanto, é um bom filme, que não vai mudar a vida de ninguém nem será um divisor de águas na carreira do careca mais macho do cinema. Ainda assim, vale ser assistido.
CURIOSIDADES:
– Este é um remake de Assassino a Preço Fixo, de 1972, originalmente estrelado por Charles Bronson, o sujeito das 46 famílias assassinadas. Até o diretor do original é o mesmo da série Desejo de Matar.
– Eu nunca assisti a um filme com o Charles Bronson inteiro. Alguém recomenda algum que seja especialmente divertido e fanfarrão?