Esta é nossa análise Voyage e, assim como o game do qual falaremos hoje, pretendo que esta resenha seja curta e agradável. Espero que você me acompanhe nesta viagem.
ANÁLISE VOYAGE
Voyage é um walking simulator sidescroller, feito para ser jogado em cooperativo. É possível jogar tranquilamente sozinho, e apenas em alguns raros casos você precisa fazer coisas diferentes com os dois personagens. Na maior parte da campanha, o NPC simplesmente te segue, e tudo bem. Ainda assim, é fácil de ver que o jogo ficaria muito mais especial se jogado com uma pessoa querida.
Voyage lembra muito Journey, embora seja um sidescroller. Ambos são games totalmente não-verbais, em que você basicamente anda curtindo o belíssimo audiovisual. Eventualmente, Voyage exige algo a mais. Coisas simples, como empurrar uma pedra ou algo assim. De resto, é um jogo basicamente de andar para a direita. E é agradável no que se propõe.
Os personagens são lentos, e ficam ainda mais lentos quando você está empurrando algo. E algumas coisas devem ser empurradas por longas distâncias, a ponto de que você precisa ficar um ou dois minutos simplesmente segurando para a direita. Eu literalmente cheguei a fechar os olhos em alguns desses momentos.
ANÁLISE VOYAGE: AUDIOVISUAL
Muito do poder de Voyage vem do seu lado visual. Os gráficos são únicos, lindos, e extremamente bem animados. A música é tranquila, ajudando a fazer do game uma experiência totalmente sem estresse ou dificuldade.
O lado negativo é que o visual onírico e lúdico fica muito sem graça na segunda metade. No início, você passa por campos coloridos, interage com bichinhos fofinhos e outras coisas que deixam o game delicioso. Mas depois de um certo ponto, ele fica assim.
São cenários escuros, com a tela quase totalmente preta, com exceção de alguns detalhes iluminados. Mais sem graça impossível. E, considerando que este é um jogo para ser olhado, tira boa parte da diversão. Especialmente quando você precisa arrastar uma pedra por um minuto ou mais no breu quase total.
CURTO, MAS AGRADÁVEL
Também há alguns problemas técnicos. Eu arrastei uma pedra na direção errada e ela ficou presa no cenário, exigindo que reiniciasse o capítulo para continuar. Em outro ponto, uma área interativa não aceitava a interação, então não dava para prosseguir. De novo, precisei reiniciar o capítulo.
Felizmente, Voyage não abusa do seu tempo ou da sua dedicação. Esta é uma aventura que pode ser terminada em menos de 90 minutos, completa com platina (ou 1000 pontos no Xbox). Por outro lado, mesmo sendo tão curto, a segunda metade praticamente sem cenários ou detalhes me deixou bastante entediado, dando aquela sensação de “finalmente acabou” quando os créditos subiram. Complicando isso ainda mais, o jogo termina repetindo a “fase da nave”, pela qual você passa antes. Isso nunca é legal.
A questão é que quando é bonito, Voyage realmente emociona, e enche os olhos com cores e detalhes. A ponto de que o game vale ser jogado quase exclusivamente pela sua primeira metade. E, por ser tão curto, a segunda metade sem fôlego não chega a encher tanto o saco a ponto de estragar a experiência toda. E ela fica ainda melhor se você puder desfrutar com um ente querido.