Lançado em 2019 para PS4, Mac e PC, The Hong Kong Massacre chega no próximo dia 26 de dezembro para Switch (data estranha, né? Um dia depois do Natal). E adivinha só: se você ler nossa análise The Hong Kong Massacre vai descobrir se o jogo foi feito para você.

ANÁLISE THE HONG KONG MASSACRE

The Hong Kong Massacre é um twin stick shooter com duas influências. Uma delas é de gameplay. A outra é cinemática. Nesta, a inspiração é clara: o jogo puxa muito da estética e temática de filmes de ação asiáticos dos anos 80 e 90, em especial de clássicos do diretor John Woo.

Assim, durante toda a jogatina o jogo transpira estilo. Os cenários quebram, a violência é bela e estilizada e, claro, é possível ativar câmera lenta a qualquer momento. Apesar de isso ser um tremendo super poder, e ter uma barrinha que governa a quantidade de uso, ela é suficientemente leniente para dar para brincar bastante.

Já em mecânicas, The Hong Kong Massacre é inspirado por Hotline Miami e outros nessa linha, como o mais recente Bloodroots. Ou seja, apesar de darem a impressão de serem jogos de ação, eles funcionam mais como desafios de memorização.

TEM UM CARA ALI, TEM OUTRO ALI

O jogo é dividido em pequenas fases que costumam durar menos de três minutos cada. Para vencer, você não precisa chegar ao final, mas sim matar todos os inimigos.

Assim como em suas inspirações, a maioria dos bandidos (e você) morre com um único tiro. Dessa forma, a rotina do jogo envolve avançar, morrer, avançar mais um pouquinho e morrer de novo, até você ter memorizado onde estão os inimigos. Uma vez que você conheça a fase, é hora de fazer um plano e executá-lo perfeitamente, pois o jogo não dá margem para erros. Daí é hora da próxima fase. Repita até terminar.

A essa altura você já sabe disso. Repetição não é comigo. Eu gosto de explorar, gosto da sensação de surpresa que vem com avançar por um novo cenário (daí meu gosto por jogos de terror). The Hong Kong Massacre recompensa outro tipo de atitude. É um game de paciência e repetição. E isso também tem seu valor, mas não é o que procuro num jogo.

MUNIÇÃO E UPGRADES

Análise The Hong Kong Massacre, The Hong Kong Massacre, Vreski, Delfos

Cada fase tem três desafios: termine em determinado tempo, não use câmera lenta e tenha mira perfeita. Como na vida real, cumprir cada um deles dá uma estrelinha. Com as estrelinhas, você pode comprar novas armas ou upar as que já comprou. Eu gostei bem mais da SMG, que mantém a alta mobilidade do personagem e tem boa mira. E o jogo ficou bem menos difícil depois que eu upei minha munição.

Isso porque, a princípio, você começa cada fase com um único pente. Quando a munição acaba, fica totalmente indefeso, pois não há possibilidade de socar ou chutar. Então é necessário trocar de arma com frequência, pegando as que os inimigos derrubam. Isso dá uma sensação meio Neo, de ficar constantemente jogando as armas fora, o que é legal, mas deixa mais difícil, porque nem sempre você consegue achar a arma que gostaria no momento que precisa. Poder usar minha arma de escolha por mais tempo me deixava menos indefeso e, portanto, eu morria menos.

Caso a alta dificuldade e repetição tenham te desanimado, vale falar que o jogo tem opções de dificuldade, mas mesmo no easy a repetição faz parte do jogo. Por mais que você se sinta pintudo atirando e mergulhando em câmera lenta, é importante não se deixar levar e esperar um jogo de ação. Embora você dê pipocos, The Hong Kong Massacre não é um jogo de pipocos. Encare-o como um jogo de memória com tiros e você talvez se divirta pelas duas horas que ele dura. Mas eu admito que, embora eu tenha jogado com a mentalidade correta, eu fiquei meio torcendo para acabar logo. Mas uma pessoa com maior paciência pode se divertir mais.